Itália pode ser a próxima vítima. É um membro do Eurogrupo que o admite. A pouco mais de uma semana da próxima reunião do Eurogrupo, a ministra austríaca das Finanças diz que a terceira maior economia da Zona Euro pode precisar de ser resgatada.
«Itália tem de trabalhar para sair deste dilema económico dos défices e dívida muito elevados, mas é claro que pode ser que - dadas as altas taxas Itália paga para se financiar nos mercados - também precise de apoio», disse Maria Fekter, numa entrevista televisiva citada pela Reuters, argumentando então com os custos cada vez mais altos do financiamento de Itália no mercado, que poderão ditar a necessidade de ajuda externa.
PUB
De facto, no final de maio Itália realizou três emissões de dívida numa semana, todas elas com os juros a subirem para patamares cada vez mais críticos. No último empréstimo, a 10 anos, pagou juros de 6,03%.
É verdade que mal Espanha caiu, os mercados atacaram para Itália. A bolsa de Milão caiu 2,79% na segunda-feira e o Citigroup atirou mais achas para a fogueira, ao dizer que, mais cedo ou mais tarde, a terceira maior economia da Zona Euro iria caminhar para esse desfecho.
A Fitch não concorda, diz que o resgate é «improvável», mas a ministra austríaca vem colocar essa hipótese em cima da mesa.
PUB