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Salgado critica incertezas de Bruxelas e ataca «eixo franco-alemão»

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Banqueiro defende que «seria muito importante que países da Europa do Sul se organizassem» para garantirem maior cooperação

O presidente do BES criticou esta segunda-feira os posicionamentos da União Europeia, em especial do que chama o «eixo franco-alemão», que estará a criar uma «grande incerteza», e defende a organização dos países do sul para contrariar estas posições.

«Cria-nos uma grande incerteza estes posicionamentos da União Europeia, nomeadamente deste eixo franco-alemão, que aparentemente dão uma menor importância aos países do sul», afirmou Ricardo Salgado durante uma conferência da Ordem dos Economistas que decorre esta segunda-feira em Lisboa, escreve a Lusa.

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O banqueiro lembrou uma medida da comissão de assuntos económicos do Parlamento Europeu, que pretendia «penalizar os bancos que tivessem dívida soberana dos países da Europa do Sul», algo que «cria uma enorme fragilidade porque são os bancos os market makers dos países» em termos de dívida.

Críticas duras à posição germânica

«Esta posição agora da senhora Merkel com a França, eu diria que vem na mesma linha do senhor Axel Weber que é o governador do Banco Central da Alemanha, que defendia que o Banco Central Europeu não devia intervir no mercado para comprar títulos de divida soberana», afirmou.

Ricardo Salgado, que se referiu a Axel Weber como «um dos candidatos» à sucessão de Jean Claude Trichet, deixou ainda mais críticas à posição germânica.

«Vejam a perspectiva que isto nos traz se este senhor for nomeado para governador do Banco Central Europeu», acrescentou.

Assim, o banqueiro defende que «seria muito importante que os países da Europa do Sul se organizassem, no sentido de garantir uma maior cooperação», acusando a Alemanha de estar «a olhar mais para o leste europeu e para a Rússia».

O presidente do BES considerou que a criação da entidade independente de fiscalização das contas públicas é um passo «muito importante» para garantir transparência e que esta deve actuar também por iniciativa própria.

Ricardo Salgado destacou ainda o crescimento da economia no terceiro trimestre, de 0,4 por cento, algo que diz «ninguém estava à espera» e ainda que um «muito bom sinal» o nível de encomendas à industria, destacando que tem de ser feito um reforço da aposta na internacionalização da economia.

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