Os novos donos da CP Carga vão pagar o salário de janeiro já sem os cortes impostos às empresas públicas, apesar da privatização da empresa de transporte de mercadorias só ter sido efetivada a 21 de janeiro.
Numa carta dirigida aos trabalhadores, a que a Lusa teve acesso, o responsável da MSC Portugal, Carlos Vasconcelos, explicou que “a empresa entende que essa situação deve ser reposta com efeitos a 1 de janeiro, ou seja, os referidos cortes cessam a 1 de janeiro”.
Assim, explica, “o vencimento do mês de janeiro não terá quaisquer cortes salariais”, que subsistem nas empresas públicas, como era o caso da CP Carga, que integrava o grupo CP – Comboios de Portugal.
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Na próxima terça-feira, a nova administração da CP Carga vai reunir-se com o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Setor Ferroviário (SNTSF), que promete não desistir de alertar para o negócio “prejudicial” da venda da empresa.
O ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, explicou que o Governo não equacionou a reversão deste processo de privatização, conduzido pelo anterior executivo, realçando que a empresa tem acumulado défices operacionais.
Entretanto, a nova dona da CP Carga, a MSC Rail, informou que vai pôr em prática um plano para fazer da empresa o primeiro operador ibérico de transporte ferroviário de mercadorias.
Em comunicado, Carlos Vasconcelos explicou que “o investimento da MSC pressupõe um plano de desenvolvimento a longo prazo que vai melhorar e valorizar a infraestrutura da empresa e transformá-la no primeiro operador ibérico de transporte ferroviário de mercadorias”.
A multinacional suíça compromete-se a dar “início à implementação do plano de crescimento e desenvolvimento de longo prazo projetado para a empresa”, que até agora tinha como único acionista a CP – Comboios de Portugal
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