O secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, disse, esta sexta-feira, que, durante a atual legislatura, foram entregues 1.103 pré-avisos de greve por sindicatos ligados ao setor dos transportes, número que, na sua opinião, demonstra a “banalização” de um direito.
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O governante explicou que os pré-avisos de greve tiveram como alvo empresas como o Metropolitano de Lisboa, a CP – Comboios de Portugal, a Carris e a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (rodoviárias), a CP Carga, a Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário, a companhia aérea TAP ou a Refer – Rede Ferroviária Nacional.
“Quando alguns agentes políticos falam na banalização da greve, acho que é disto que estão a falar. Se 1.103 pré-avisos de greve não é a banalização de um direito, não sei o que será”, sublinhou Sérgio Monteiro em declarações aos jornalistas, à margem do nono encontro Transportes em Revista, que decorreu hoje em Lisboa.
oitava greve deste anoQuestionado sobre esta paralisação, Sérgio Monteiro disse não entender as razões e acusou os sindicatos de luta política.
“Uma greve que, mais uma vez, penaliza aqueles que têm menos culpa, que são os utentes, os clientes do transporte público, no caso de hoje do Metro, que já pagaram o passe para o mês, veem, mais uma vez, o serviço do Metropolitano interrompido e por razões que eu, confesso, não consigo compreender”, afirmou o governante.
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O secretário de Estado dos Transportes espera que após a subconcessão haja uma pacificação das relações laborais e consequentemente uma redução do número de greves.
Em relação aos eventuais despedimentos, após a sua passagem para a gestão privada, Sérgio Monteiro sublinhou que nos quatro anos desta legislatura não houve um despedimento nas duas empresas.
Quanto ao futuro, espera que esse cenário se mantenha.
“Se houver necessidade de haver redução de trabalhadores no futuro, que eu não sei se há necessidade ou não, é uma decisão que caberá ao subconcessionário privado, que não haja despedimentos coletivos ou movimentos unilaterais e que haja acordos de rescisão amigável, como houve até aqui. Portanto, a expectativa que temos é que não haja despedimentos para o futuro”, salientou o governante.
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