A adesão à greve desta quinta-feira dos técnicos de diagnóstico e terapêutica da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (SCML) rondou os 30%, de acordo com fonte daquela instituição, tendo os serviços funcionado “dentro da normalidade”.
Num comunicado enviado à agência Lusa, a SCML refere que “70% dos técnicos de diagnóstico e terapêutica optou por ir trabalhar”, o que significa que cerca de 30% terá feito greve.
Este dado contrasta com a percentagem avançada à Lusa pelo responsável do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas Paulo Soares, segundo quem a adesão à greve rondou os 70%.
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De acordo com Paulo Soares, do Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas, no Centro de Medicina e Reabilitação de Alcoitão (em Cascais) a adesão foi de cerca de 90%.
Concentração em Alcoitão“Isto porque as chefias ficaram todas as trabalhar para dar possibilidade aos outros colegas de fazerem greve”, disse.
No final da concentração “foi aprovada uma comissão que irá pedir uma reunião à Santa Casa no sentido de se ultrapassar este problema”.
O sindicalista explicou que estes trabalhadores da Santa Casa obtiveram o grau de mestrado, muitos deles na Escola Superior de Saúde de Alcoitão, pertencente à própria SCML, que lhes exige este grau para serem contratados.
No entanto, são remunerados pela Santa Casa como técnicos e não como técnicos superiores.
Os técnicos incluem fisioterapeutas, profissionais de RX, terapeutas da fala e terapeutas ocupacionais, entre outras carreiras.
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“Estando numa carreira técnica, começam no nível dos 800 euros por mês, quando numa carreira técnica superior receberiam cerca de 1.100 euros. Uma diferença de 300 euros que é importante”, disse.
A 17 de abril, os trabalhadores da SCML realizaram a primeira greve de sempre na instituição, para exigir a atualização dos salários, congelados desde 2009.
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