Já fez LIKE no TVI Notícias?

Esquerda radical promete tentar manter Grécia no euro

Relacionados

Líder do Syriza diz que «uma Europa sem a Grécia estará culturalmente inválida»

Se a coligação de esquerda radical ganhar as eleições legislativas do próximo domingo na Grécia, promete trabalhar para assegurar que o país fica na Zona Euro. A garantia foi dada esta terça-feira pelo líder do Syriza, Alexis Tsipras.

Se ganhar, a coligação irá formar um governo amplo de esquerda que terá como objetivo «reabilitar a economia do país».

PUB

«Iremos governar para assegurar a permanência da Grécia na União Europeia (UE)», afirmou o líder da formação, citado pela Lusa, numa conferência de imprensa hoje realizada em Atenas.

Tsipras reiterou a oposição da Syriza ao memorando de entendimento imposto a Atenas pela troika. E mais: disse mesmo que se Bruxelas continuar a exigir a aplicação das medidas de austeridade, mesmo depois da vitória da coligação, «significará que a UE não reconhece a democracia».

«Uma Europa sem democracia não tem futuro político. Nem credibilidade. Uma Europa sem a Grécia estará culturalmente inválida».

O líder da esquerda radical denunciou ainda a «campanha de terror» desenvolvida pelos partidos que partilharam o poder na Grécia nas últimas décadas: o socialista PASOK e o conservador Nova Democracia.

«Os que especulam são os partidos que levaram o país à bancarrota, os banqueiros que temem perder o controlo dos bancos que os próprios levaram à bancarrota e os representantes da corrupção política», afirmou, quando questionado sobre se a vitória da Syriza poderá provocar um levantamento em massa dos depósitos nos bancos gregos.

PUB

A Nova Democracia, o PASOK e outros partidos gregos, bem como vários líderes europeus, têm vindo a advertir que se a Grécia suspender a aplicação do memorando de entendimento deixará de receber financiamento dos parceiros europeus, obrigando o país, sem acesso ao financiamento a longo prazo nos mercados da dívida, a decretar a suspensão dos pagamentos.

Uma «revolução pacífica»

O líder da esquerda radical definiu o programa da coligação como uma «revolução pacífica», que terá como objetivo o acesso de todas as pessoas «a um salário decente, a uma reforma decente e à segurança social».

Para financiar estas medidas e para impulsionar o desenvolvimento, a Syriza pretende aplicar impostos aos mais ricos, combater a evasão fiscal e utilizar melhor os fundos estruturais europeus.

A Syriza foi o segundo partido mais votado (16%) nas legislativas de 6 maio, que devido à ausência de condições para formar um governo levou à convocação de novas eleições na Grécia.

PUB

Relacionados

Últimas