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«Medidas de austeridade vão provocar tensões sociais»

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Ministro defende corte na despesa e aumento da receita e deixa aviso: Governo vai avançar com «medidas impopulares»

O ministro das Finanças disse esta quarta-feira que o Governo vai «enfrentar a tensão social» devido aos cortes da despesa pública e afirmou que, sem o auxílio da União Europeia e do FMI, o cenário no mercado de dívida seria muito difícil.

«Vamos enfrentar a tensão social», disse Fernando Teixeira dos Santos em entrevista à agência internacional de informação financeira Bloomberg, acrescentando que Portugal tem «de tomar medidas para cortar na despesa e aumentar a receita».

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«Os sindicatos vão protestar e vão existir outras expressões de descontentamento em relação a estas medidas, mas não prevejo casos de violência, como vimos na Grécia», acrescentou Teixeira dos Santos.

Ministro afasta onda de violência igual à da Grécia

O ministro admitiu que as medidas de redução da despesa e aumento da receita são «impopulares por natureza», mas acrescentou que «os portugueses não têm tradição de violência».

«Vamos anunciar em breve medidas [de redução da despesa e aumento de receitas] e estamos a completar um acordo político com o principal partido da oposição para ter condições políticas fortes para seguir em frente com este pacote fiscal», disse ainda o ministro Teixeira dos Santos.

«Com este pacote vamos reforçar a confiança e reduzir a incerteza e percepção do risco que os agentes económicos têm na nossa economia e isso terá um impacto positivo na nossa economia», acrescentou.

Na entrevista, o ministro disse ainda que a dívida soberana portuguesa beneficia agora de melhores condições de mercado, depois do pacote de auxílio que a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovaram no passado fim-de-semana.

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«Os mercados estão a aceitar a dívida portuguesa em melhores condições que há dois ou três meses», disse Teixeira dos Santos à Bloomberg.

«Acredito que se a UE e o FMI não tivessem conseguido prosseguir com este pacote, diria que estaríamos a viver um momento muito difícil nos mercados de dívida soberana», acrescentou.

Portugal vendeu esta quarta-feira mil milhões de euros de Obrigações de Tesouro a 10 anos, com a procura quase a duplicar a oferta.

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