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À procura de petróleo em Alcobaça?

Câmara Municipal já autorizou arranque de testes sísmicos

Querem encontrar petróleo em Alcobaça. A autarquia já deu o seu aval para a realização dos primeiros testes sísmicos.

O estudo está a cargo da Mohave Oil & Gas Corporation e é algo «eventualmente para bem da nação», esclareceu o presidente da Câmara de Alcobaça, citado pela TSF.

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E já há local para a concretização das primeiras provas: a pouco mais de 500 metros do símbolo da cidade, o Mosteiro de Alcobaça.

De qualquer modo «pusemos a reserva de a Mohave Oil & Gas Corporation obter também autorização por parte do IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico), que ainda não tomou uma decisão definitiva, mas ficou, em princípio, favorável, dado que haveria uma área de protecção ao mosteiro e ao centro histórico», acrescentou Paulo Inácio.

As análises sísmicas «vão arrancar em Março e não deverão prolongar-se por mais de dois ou três dias», segundo disse à Lusa o autarca Paulo Inácio.

«O que vamos fazer é uma ecografia ao subsolo para identificar a existência de petróleo ou gás natural», explicou o geólogo da empresa que está a cargo dos testes. Rui Vieira afastou ainda a hipótese de quaisquer «danos estruturais no Mosteiro».

As análises assentam na distribuição no terreno de pontos de emissão e recepção de vibrações analisadas por computador.

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Na prática, cerca de 40 a 50 camiões de diferentes tonelagens serão colocados em distintos pontos da cidade, provocando uma vibração que é transmitida a um computador que, por sua vez, «lê as vibrações emitidas pelo subsolo».

A empresa já realizou o mesmo tipo de análises em Mafra e Torres Vedras, e na zona de Alcobaça analisará uma área de 160 quilómetros quadrados.

O administrador da empresa, Arlindo Alves, ressalva que as pesquisas «estão ainda num estádio muito inicial» e só o resultado indicará se haverá locais favoráveis a implantação de um furo para verificar se existe de facto petróleo ou gás.

«Se existir, teremos depois que estudar o tamanho da jazida para avaliar se há condições de rentabilidade para a exploração». «É ainda muito cedo para ter uma noção dos volumes». Está previsto que a empresa invista «cerca de 70 milhões de dólares» nas pesquisas.

E, caso se venha a confirmar a existência de petróleo, o projecto de exploração só poderá iniciar-se dentro de um ano e meio a dois.

[Notícia actualizada às 13h55 com mais informação]

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