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Empresa portuguesa sem luz, trabalhadores com salários em atraso

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Têxtil Tsuzuki de Vila do Conde não pagou subsídio de Natal, 50% do salário do mês de Dezembro e o mês de Janeiro

A têxtil Tsuzuki, com sede em Mindelo, Vila do Conde, está «parada devido a um corte de energia e os trabalhadores estão em casa com salários em atraso», avançou uma das delegadas sindicais.

Elisabete Mimoso contou que «desde as 14h00 horas de quinta-feira, cortaram a energia na fábrica, supostamente por falta de pagamento, e os trabalhadores já estão em casa com ordem de regresso só na próxima terça feira», escreve a Lusa.

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A empresa também «não pagou o subsídio de Natal, 50% do salário do mês de Dezembro e o mês de Janeiro», disse a operária que trabalha há 18 anos na têxtil.

Parece ser «o fim desta empresa que, nos últimos dois anos, tem apresentado sinais de grandes dificuldades económicas», frisou Elisabete Mimoso adiantando ainda que quem trabalhava por turnos já «não está a laborar há algum tempo».

Problemas? «Já não é a primeira vez»

Só tem estado na fábrica «o pessoal afecto aos escritórios e quem tem horário fixo», disse ainda a operários lamentando que a direção da empresa se mantenha em silêncio.

«Não nos disseram porque cortaram a energia nem quando nos vão pagar o que devem. Só que há falta de dinheiro e de matéria-prima», sublinhou.

Já não é a primeira vez que a Tsuzuki tem problemas e, em fevereiro de 2009, chegou a suspender a produção e a colocar os funcionários em «lay-off».

Desde essa altura que «a fábrica mostrou ter dificuldades em pagar os salários. Começámos a receber sempre com atrasos», avançou ainda Elisabete Mimoso.

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Além disso, «esta é a quarta vez que cortam a energia e que ficamos paradas», sublinhou ainda a operária que tem receio que, se ninguém investir na empresa, esta «possa fechar as portas, à semelhança do que tem acontecido com outras unidades da região».

A sindicalista lamenta que este processo se arraste «há tempo demais e que já haja pessoas na fábrica que já vivem com muitas dificuldades».

Aliás, Elisabete Mimoso disse já ter exposto esta situação à administração, mas não obteve resposta.

Os trabalhadores vão aguardar até terça-feira para ver se há alguma justificação por parte da administração da empresa, caso contrário, prometem agir.

A Têxtil Tsuzuki iniciou a sua actividade em 1991 e operava em vários mercados, sobretudo europeus, tendo no auge da sua actividade, 150 funcionários, incluindo pessoal administrativo.

Recorde-se que, actualmente, trabalham na fábrica pouco mais de 100 pessoas.

A administração da empresa está incontactável.

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