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Vítor Gaspar desvaloriza previsões da OCDE

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Ministro das Finanças desvaloriza dados e diz que apresentam uma «discrepância de algumas décimas»

O ministro das Finanças considerou que as previsões da OCDE conhecidas esta quarta-feira, devem ser «interpretadas» tendo em conta o «enfraquecimento dos países da zona euro», desvalorizando o que considerou ser uma «discrepância de algumas décimas».

O ministro das Finanças respondia ao deputado Luís Fazenda, do Bloco de Esquerda, na Comissão Eventual para Acompanhamento das Medidas do Programa de Assistência Financeira a Portugal, sobre as previsões que apontam um aumento da dívida pública e a improbabilidade do défice ser cumprido este ano. Vítor Gaspar defendeu que «o que é importante retermos é que depois de um período de contração económica, a OCDE prevê uma recuperação económica».

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«A OCDE teve de fazer as suas previsões com base num conjunto de dados que refletiam hipóteses de política que, dado o facto de estarmos em pleno sétimo exame regular (...), permitem facilmente explicar a discrepância de algumas décimas de ponto percentual, que eu não valorizaria excessivamente», afirmou o governante. As novas medidas tomadas pelo executivo também não foram tidas em conta, acrescentou.

Gaspar entende ainda que a revisão em queda das perspetivas macroeconómicas para a economia portuguesa devem ser vistas à luz das estimativas apresentadas para os outros países da zona euro.

«A OCDE faz a revisão, não só das perspetivas para Portugal, como para outros países, sendo que existe um enfraquecimento das perspetivas de crescimento para outros países da área do euro e é nesse contexto que a previsão para Portugal deve ser interpretada», defendeu.

O governante garantiu também que «o cenário macroeconómico do orçamento retificativo [que deverá ser apresentado esta semana] será exatamente o do Documento de Estratégia Orçamental [apresentado no fim de abril]», acrescentando que «esse cenário está consensualizado com as três organizações da troika».

Já Luís Fazenda, do BE, após ouvir o ministro defendeu que «são muitas décimas! Utilizando a sua linguagem "é mesmo colossal"», ironizou.

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