A Comissão Europeia admite que parte do Novo Banco fique nas mãos do Estado, mas esse cenário terá condições associadas.
O que tem sido noticiado, e já foi admitido pelo ministro das Finanças, é que a venda da instituição poderá não ser feita na totalidade. A percentagem que tem sido falada para a esfera pública é de 25%, um quarto do capital, sendo que atualmente há negociações exclusivas, a decorrer, com o fundo norte-americano Lone Star.
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A esse propósito, o jornal Público noticiou hoje que a Direcção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia admite que o Estado fique com parte do capital, mas recusa que tenha qualquer influência na gestão do banco, influenciando a sua estratégia.
A comissária europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, deu indicações apenas sobre a possível luz verde ao capital e nada disse sobre a gestão. Na verdade, falou em abstrato e não especificou os compromissos a assumir pelo país.
“Claro que discutimos com as autoridades portuguesas, como discutimos com outras, se estiverem numa situação em que querem alterar compromissos. A nossa missão é assegurar que as alterações são equilibradas", apontou, referindo-se ao compromisso inicial de vender o banco a 100%.
Por isso, se alguém quer fazer algo, talvez favorecendo uma parte, então é preciso equilibrar isso assumindo compromissos noutra área. Mas o processo ainda está em curso, e é da responsabilidade das autoridades portuguesas garantir a venda”.
Internamente, o desfecho do processo pode estar iminente. O ministro das Finanças disse na última sexta-feira que as negociações para a venda do Novo Banco estão a evoluir a "bom ritmo", considerando que há "condições para o acordo", embora ainda não esteja fechado.
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