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Juncker admite baixa dos juros à Irlanda

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Zona Euro já tinha chegado a acordo para reduzir juros no empréstimo de resgate à Grécia

O presidente do Eurogrupo, Jean Claude Juncker, admitiu esta segunda-feira a possibilidade de acordo quanto à redução dos juros do resgate da União Europeia e do FMI à Irlanda, pouco antes de se encontrar com o ministro das Finanças irlandês.

«Creio que tomámos uma boa decisão sobre o preço [do resgate] no caso da Grécia. Isto indica claramente que algo deverá estar na mesa para o caso irlandês», disse Juncker, referindo que a decisão, para a Irlanda, depende de «outros elementos».

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Na sexta-feira, os chefes de Estado e de Governo da Zona Euro chegaram a acordo para reduzir em um ponto base os juros no empréstimo de resgate à Grécia, para os 4,2 por cento, e prolongar o prazo de pagamento até aos sete anos e meio.

No caso da Irlanda não houve acordo, porque Dublin recusou aceitar como condição para um acordo a redução do imposto sobre os rendimentos das empresas, que no caso irlandês se fixa em 12,5 por cento, muito abaixo da média europeia.

Em Bruxelas, à entrada de uma reunião dos ministros das Finanças da zona euro, o ministro irlandês das Finanças, Michael Noonan, disse que o país espera das autoridades europeias «um gesto» para auxiliar Dublin no processo de reestruturação do setor bancário.

«Falamos de um acordo para um período mais longo de reduação do endividamento do sector bancário», disse Noonan, em declarações aos jornalistas referindo, no entanto, ser ainda «demasiado cedo» para entrar em pormenores.

«A metodologia da redução do endividamento bancário e a forma como os ativos devem ser tratados no processo de redução de endividamento é uma das nossas preocupações», acrescentou Noonan, referindo que debateu o tema, antes da reunião dos ministros das Finanças da Zona Euro, com o comissário europeu da Economia e Assuntos Monetários, Olli Rehn.

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De acordo com os cálculos irlandeses, as necessidades imediatas de reestruturação dos bancos ultrapassam os 10 mil milhões de euros previstos no plano de resgate da União Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Dos 85 mil milhões de euros que Dublin recebeu em novembro, 35 mil milhões destinam-se à reestruturação do setor bancário, cheio de dívidas.

Deste valor, dez mil milhões servirão para «medidas imediatas de recapitalização» e 25 mil milhões para medidas de apoio suplementares, se necessário.

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