A Federação Nacional dos Sindicatos da Educação (FNE) acusou este sábado o Governo de estar a promover uma «falsa estabilidade» nas escolas, porque continua a haver em cada escola «um conjunto de professores definitivamente colocados e um outro de professores flutuantes», refere a Lusa.
«O grande problema com que nos deparamos é a ausência de «ma determinação completa dos lugares necessários para uma escola», disse o secretário-geral da FNE, João Dias da Silva.
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Em comunicado, aquela Federação sindical lamenta as condições em que decorreu o último concurso para professores referente ao próximo ano lectivo, cujos resultados foram conhecidos sexta-feira à noite.
«Estas colocações ficam manchadas por sinais poderosos de precariedade e de injustiças, mantendo-se uma instabilidade que sempre procurámos combater e que continua por resolver, ano após ano», refere o documento.
Como exemplo das alegadas injustiças, a FNE aponta o impedimento de que alguns professores dos quadros que este ano tenham regressado à sua escola - provenientes de situações de destacamento ou requisição pontuais - ocupem os seus lugares no estabelecimento de ensino a que pertencem.
A situação decorre, recorda a FNE, da «colocação forçada de docentes por períodos de três anos» e portanto reflecte-se não só no próximo ano lectivo como nos dois subsequentes, pelo que esses professores de quadro «têm que andar a procurar outra escola para trabalharem este ano».
Afirmando desconhecer o número exacto de docentes naquela situação, o dirigente da FNE garantiu à Lusa que são «muitas centenas» e que o problema é agravado com o facto de «só ontem [sexta-feira] terem ficado a conhecer a escola para onde irão trabalhar nos próximos anos», em muitos casos muito mais longe do que a de origem.
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