Quase metade dos despedimentos colectivos concluídos nos nove primeiros meses do ano foram movidos por empresas do Norte do País.
Segundo o boletim estatístico do Ministério do Trabalho, ontem divulgado, citado pelo «Diário de Notícias», 57 empresas sedeadas naquela região concluíram despedimentos colectivos, o que representa 48% do universo total de empresas que o fez nos três primeiros trimestres do ano.
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O mesmo se passou com o número de trabalhadores visados: dos 2.204 envolvidos, 46% são da região Norte, segundo o Gabinete de Estratégia e Planeamento.
O peso preponderante do Norte em matéria de despedimentos não surpreende totalmente já que esta região concentra a principal fatia de empregados (35%, contra 25% em Lisboa e Vale do Tejo e a mesma percentagem no Centro). Porém, isso não explica tudo, pois o diferencial é superior em matéria de despedidos.
Com efeito, em Lisboa e Vale do Tejo estão apenas 27,5% das empresas que moveram despedimentos colectivos e 15% dos trabalhadores visados, enquanto no centro estas percentagens são de 19% e 36% respectivamente.
No Alentejo e sobretudo no Algarve, os despedimentos colectivos são relativamente residuais o que reflecte a menor actividade empresarial.
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