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Nascer em Badajoz é mais barato

Portugal poupa se as grávidas de Elvas tiverem os filhos em Espanha

Os custos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com o nascimento de portugueses em Badajoz são inferiores em quase metade aos registados no hospital de Elvas, cujo bloco de partos encerrou em Junho, revela um estudo da tutela.

Elaborado pelos serviços do Ministério da Saúde, o documento, a que a agência Lusa teve acesso, indica ainda que a maioria das grávidas residentes na área de influência do hospital de Elvas está a escolher Badajoz como local para o nascimento dos filhos e que a taxa de cesarianas efectuadas a portuguesas desceu significativamente.

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De acordo com o estudo, que avalia os resultados do fecho do bloco de partos de Elvas, a escolha das parturientes portuguesas pelo Hospital Materno Infantil Infanta Cristina, em Badajoz, revela-se mais barata para o SNS, dado que aí o internamento de obstetrícia custa 1.675 euros, contra 2.619 euros na unidade de Santa Luzia, em Elvas.

Os custos da actividade obstétrica nas duas unidades diferem também relativamente ao preço das consultas - 99,95 euros em Elvas e 65 euros em Badajoz -, e das urgências, cujo custo unitário é de 130,75 euros em Elvas e de 120 euros em Badajoz.

Segundo o estudo, elaborado pela Administração Regional de Saúde (ARS) do Alentejo, estes valores correspondem à facturação recebida pelo SNS relativam ente ao movimento assistencial registado nos dois hospitais entre Junho e Setembro do ano passado.

Porém, salienta o documento, na fase de planeamento que antecedeu o encerramento do bloco de partos alentejano foram comparados custos de actividade das duas unidades, relativamente a 2005, tendo-se concluído que um parto em Elvas custava praticamente o dobro do que em Badajoz: 2.872,35 euros contra 1.829,32 e uros.

O bloco de partos do Hospital de Elvas fechou no início de Junho do ano passado, por decisão ministerial sustentada num relatório de peritos que apontava problemas de segurança graves para as parturientes e os recém-nascidos.

O estudo da ARS do Alentejo salienta que, apesar de as condições «estruturais e de equipamentos» do bloco de partos serem «totalmente adequadas», os obstetras «não detinham algumas competências adicionais» necessárias e eram em número insuficiente para a constituição de equipas de urgência.

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