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«Sei que sou escutado no meu telemóvel»

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Presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público preocupado com falta de fiscalização nas escutas

João Palma considera que há uma «outra face oculta» na Justiça portuguesa, que diz respeito à realização de escutas ilegais.

«O problema não são as escutas que se fazem no processo, que passam pelo crivo da polícia, de um magistrado do Ministério Público e de um juiz de instrução criminal (...) O problema das escutas neste país são as escutas que são feitas ilegalmente, fora deste esquema, e que toda a gente sabe que existem», afirmou ao Correio da Manhã.

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«É o procurador-geral a dizer que ouve barulhos no telemóvel, o ministro da Justiça a dizer que já falou com mais à vontade no telemóvel e tem-me a mim a dizer a mesma coisa. Eu sei que sou escutado no meu telemóvel. Se me disser para o provar também não o posso provar», acrescentou.

Salientando que «essas escutas são escutas que não são feitas pelo sistema legal, pelo sistema processual, são feitas por pessoas e entidades fora do sistema legal, sem qualquer crivo, sem qualquer fiscalização», o presidente do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público apelida-as de «perigosas».

«São arbitrárias, feitas em função de interesses inconfessáveis e são usadas para fazer chantagem sobre pessoas e políticas», lamentou.

«Se os mais altos responsáveis da Justiça dizem que são escutados como é que não se abre um inquérito criminal, como é que não se põe a PJ com meios suficientes para apanhar os autores dessas escutas?», questionou ainda.

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