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Multa por atravessar a rua a falar ao telefone

Peões que usem telemóvel ou Ipod podem ter de pagar 100 dólares

Um senador norte-americano quer proibir os nova-iorquinos de atravessar as ruas enquanto ouvem música num Ipod ou conversam ao telemóvel, propondo multas de cem euros para quem transgredir, uma proposta que está a levantar fortes protestos.

A proposta de lei do senador estadual Carl Kruger ainda não está agendada para discussão, mas levanta já uma onda de incredulidade e protestos como nenhuma outra legislação recentemente aprovada.

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Nem quando foi proibido o fumo em bares e restaurantes, nem mesmo quando foram banidos os óleos vegetais hidrogeneizados que, dizem os especialistas, dão o toque crocante às batatas fritas, houve tantos protestos.

Kruger justifica a sua proposta com os casos de duas pessoas que, na sua circunscrição, de Brooklyn, morreram atropeladas este ano quando atravessavam a rua distraídas a ouvir música nos seus iPods.

O próprio senador confessa ser natural conversar ao telefone ou ouvir música quando se caminha pelas ruas.

Quando numa entrevista numa cadeia de televisão local lhe perguntaram se alguma vez tinha atravessado uma rua a falar ao telefone, respondeu imediatamente: «claro que sim»

«Mas isso não faz com que seja um procedimento correcto. Se a minha proposta se tornar lei, prometo que a cumprirei», apressou-se a acrescentar.

A proposta prevê uma multa de cem dólares para quem for apanhado a atravessar uma rua utilizando qualquer aparelho electrónico.

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Nos inquéritos de rua feitos hoje por todas as estações de rádio e televisão locais, os nova-iorquinos ouvidos manifestaram-se contra a proposta.

Os entrevistados admitem que conversar ao telefone ou ouvir música são factores de distracção, mas não vêem necessidade de uma lei que imponha «cuidados que cada um deve aprender em criança».

Entre as respostas mais frequentes ouviu-se: «faço os meus negócios ao telefone e não os vou interromper para atravessar a rua» ou «estamos em Nova Iorque, onde as pessoas estão permanentemente ao telefone. Faz parte da nossa vida, dos nossos negócios».

A resposta mais filosófica veio de Paul Steeley, dono de uma empresa de transportes em Manhattan: «Os iPods não matam pessoas. Os automóveis e os camiões é que matam os peões. Por isso, em vez de culparem as vítimas, os nossos eleitos deveriam antes aprovar leis mais duras contra a condução descuidada».

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