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Alta do petróleo reduz crescimento da União Europeia

O elevado preço do petróleo, a manter-se, deverá baixar em duas décimas a taxa de crescimento económico da União Europeia. Esta é, pelo menos, a convicção do comissário europeu para os Assuntos Económicos e Monetários, Joaquín Almunia.

Em entrevista ao jornal alemão «Die Welt», o mesmo diz que, nas Previsões da Primavera, feitas pela Comissão Europeia, a entidade previa um aumento do preço do crude, mas não aos níveis actuais. É que, actualmente, o petróleo transaccionado em nova Iorque está acima dos 60 dólares por barril, sendo que o ouro negro negociado em Londres cota em torno dos 57 dólares.

«O preço actual coloca em perigo o crescimento na Europa. Segundo o nosso modelo, o nível actual, que deveria ficar por aqui, provocará uma redução do crescimento económico de cerca de 0,2%», adiantou ainda o comissário.

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A propósito da recente cimeira do G8, na Escócia, onde os líderes dos países mais industrializados do Mundo acordaram um aumento das ajudas aos países mais pobres, e prometeram discutir os apoios às explorações agrícolas, que muitos países acusam de viciar os mercados e distorcer a concorrência, Almunia defendeu uma maior abertura aos produtos agrícolas vindos dos países pobres. «Este assunto está a ser discutido no contexto da ronda de Doha, na qual esperamos obter êxito em Dezembro», quando deverá ocorrer a próxima reunião com vista à liberalização do sector, promovida pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

Joaquín Almunia deixou também resposta às vozes que reclamam a saída de alguns países da moeda única, afirmando que, apesar da crise económica e política que se vive no Velho Continente, o euro nunca deixará de existir.

«Os cidadãos perderam a confiança» no actual modelo, referiu ainda, acrescentando que a não existência de uma «causa comum» anda de mãos dadas com a recente recusa holandesa e francesa do Tratado Constitucional Europeu. Os europeus estão descontentes «com as instituções europeias, com os respectivos Governos, com as condições económicas, com a segurança das suas cidades», considerou. Talvez por isso tenham aproveitado o referendo ao tratado para «expressar este descontentamento».

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