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CGD ataca Espanha e investe 250 milhões de euros

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O Banco Siméon, marca espanhola da Caixa Geral de Depósitos, vai realizar um aumento de capital de 275 milhões de euros, destinados à abertura de mais 124 agências em Espanha.

A Caixa Geral de Depósitos vai subscrever 250 milhões do total, sendo os restantes 25 milhões de euros destinados aos investidores do Siméon.

«A Caixa geral de Depósitos fez a análise da situação do Siméon e suas perspectivas. Fez um business-plan que nos deu a indicação de apostar no Siméon» afirmou Carlos Silva Costa, presidente do Siméon, no decorrer de uma conferência de imprensa destinada a clarificar na apresentação da Estratégia da CGD em Espanha. «A CGD entende que deve ser o primeiro banco das empresas no campo ibérico e das empresas espanholas no mercado português», acrescentou. A CGD considerou «que o Siméon entrou em processo de perda pelo que investiu. Contudo, não se trata de um gasto, mas sim um investimento. Não temos política de subsidiação», acrescentou.

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O objectivo desta nova estratégia passa por obter «um comportamento anti-cíclico. Temos todo o interesse que os nossos custos sejam estáveis para que o funding não reflicta os custos portugueses», acrescentou.

Para Fernando faria de Oliveira, vice-presidente da instituição, o Siméon «entra numa nova era». «Dotámos o banco de capital para que se consiga obter o crescimento orgânico», isto sem descurar o não orgânico. Contudo, «se se colocar a hipótese de uma aquisição falaremos com o nosso accionista que dirá até que ponto apoiará uma aquisição em Espanha» acrescentou Carlos Costa.

Os objectivos são ambiciosos. «Podem-se referir à estratégia do Siméon como um 2x3x2. Queremos duplicar o valor em balanço, queremos triplicar os activos sob gestão e queremos duplicar o número de clientes». A instituição financeira espera ter, até ao final do plano estratégico, 2010, 330 mil clientes, 10 mil milhões de euros em activos sob gestão e 300 dependências.

O Siméon, que perdeu 11,8 milhões de euros em 2004, deve terminar o corrente ano com perdas de cerca de 20 milhões de euros, quer atingir, no último trimestre de 2006, o break-even. Já em 2010, espera um cash-flow entre os 140 e os 150 milhões de euros e lucros entre os 60 e os 70 milhões de euros.«Queremos gerar valor de 350 milhões de euros para 275 milhões de euros de investimento», adiantou Carlos Costa.

Quando confrontado com a situação dos restantes mercados em que a CGD está presente, Carlos Costa começou por enaltecer a filial na África do Sul, onde o banco recebeu uma injecção de capital idêntica à do Siméon, que resultou na subida da cotação do Mercantile Lisbon dos 0,17 para os 0,4 euros.

No que toca à dependência de Timor-Leste «está a correr bem, não necessita de capita. Em macua via bem, o mesmo em Moçambique. Em Luanda vamos abrir uma sucursal, pelo que logo se vê as necessidades. Quanto ao Brasil vamos continuar numa lógica de optimização de capital. Em França temos uma grande operação que corre bem».

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