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EDP sai beneficiada com novas regras no sector energético em Espanha

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A EDP e a e Union Fenosa «podem ser considerados os verdadeiros beneficiados» pelo Livro Branco, documento de recomendações para o sector energético espanhol, segundo o Banif Investimento.

O documento não vinculativo foi publicado na passada 3ª feira, dia 26 de Julho, e está condicionado pela decisão final do Governo de Zapatero, depois de ouvidos todos os actores de mercado e depois do «lobby que garantidamente irá ter lugar por parte das empresas envolvidas», acrescenta o Banif Investimento. Decisão que deverá ser anunciada apenas no final do ano.

«À primeira vista o Livro Branco parece ser mais favorável à Endesa do que à Iberdrola» e adianta que «a EDP só está directamente exposta às regulações espanholas através da HidroCantábrico» e que, «ocupando uma posição semelhante à da Endesa no sector das Centrais de Ciclo Combinado, não será afectada pelas limitações do mercado» e a eléctrica nacional «sairá beneficiada» com as novas orientações.

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A ideia central do documento é a de que, segundo o Banif Investmento, «o mercado está sujeito a algumas distorções que o impedem de funcionar de forma realmente competitiva o que, por sua vez, implica que os preços não passam a mensagem certa para os consumidores, numa perspectiva económica».

Livro Branco analisa tarifas e peso excessivo do mercado

De entre as recomendações que constam do Livro Branco, destaca-se as que se referem ao poder excessivo do mercado e que, segundo a casa de investimento vão prejudicar a Endesa e a Iberdrola, em benefício da EDP e da Union Fenosa.

O relatório recomenda que as acções do sector da geração não possam exceder a quota de 22% em momentos de picos de consumo e 19% nos períodos de menor consumo. Para equilibrar esta alteração, o Livro Branco recomenda «a venda de bens, leilões virtuais de energia e contratos regulados (semelhantes aos relacionados com a recuperação das Centrais de Ciclo Combinado, envolvendo tecnologia hídrica e nuclear».

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O Banif Investimento diz que a «Endesa e a Iberdrola são, claramente, os alvos desta proposta, logo as empresas menores como a Union Fenosa, EDP, Gás Natural, entre outros, deverão ser os beneficiados», mas ressalva que o mais provável é que «a maior parte das empresas evitarão a todo o custo impactos económicos pesados como os propostos pela recomendação (venda de bens, contratos regulados, entre outros».

Relativamente ao problema das tarifas, o documento espanhol assume que a tarifa integral será mantida no curto prazo, mas que deveria ser gradualmente eliminada nos próximos anos, começando pelos grandes consumidores. Em alternativa, uma tarifa adicional de acesso deveria ser introduzida e adoptada pela maioria dos agentes nos próximos anos.

As novas tarifas deverão ser suficientes para recuperar totalmente o sistema de custos num sistema de tarifas adicional que permita que cada montante da tarifa traduza de forma transparente cada custo específico. A nova tarifa integral seria obtida através da soma do preço médio da energia para cada perfil de cliente à tarifa de acesso.

Esta medida, Segundo o Banif Investimento, «é favorável para todas as empresas, já que o actual sistema de tarifas ¿ que não suporta algumas questões básicas como o peso crescente dos custos com o combustível na geração ¿ é um dos problemas do sector energético espanhol».

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