Os dados constam do «Livro Factos 2006» da OCDE divulgado esta semana e dizem respeito a 2004.
O indicador analisado pela OCDE, que mede a relação entre o salário bruto de um trabalhador médio e o salário líquido (já descontados os impostos), mostra que em Portugal 32,6% do salário bruto é canalizado para impostos.
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Os impostos em causa são os impostos sobre o rendimento e as contribuições para a segurança social pagos pelo trabalhador e pela empresa.
Este indicador representa uma medida de quanto o sistema fiscal desincentiva o emprego, segundo a OCDE, pelo que Portugal se encontra em melhor posição do que a União Europeia a 15, cuja taxa é de 40,8%.
Portugal está também melhor do que a média dos 30 países da OCDE (taxa de 36,5%).
A análise de longo prazo da OCDE mostra que os impostos sobre o trabalho aumentaram até 1997 e desde aí têm estado a reduzir-se, tanto na União Europeia como no conjunto dos países da OCDE.
Os países onde este indicador mais subiu foram a Áustria, a Alemanha, o Japão e a Coreia. As quedas mais significativas verificaram-se na Dinamarca, França, Irlanda e México.
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