Dezasseis telas de Nadir Afonso, duas delas as maiores de sempre que pintou, estarão patentes na Galeria António Prates, em Lisboa, a partir de 16 de Março, escreve a Lusa.
A exposição reúne apenas trabalhos feitos depois de 2000, entre os quais as duas telas, que são de grandes dimensões (200 X 250 cm), disse à Lusa Inês Marcelo Curto, da galeria.
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A dimensão média das telas que estarão expostas na galeria, na Rua Alexandre Herculano, é de 95 X 140 cm, indo os seus valores dos 5.000 aos 100.000 euros.
Segundo a mesma fonte, a exposição «reúne acrílicos do pintor de temática abstracta e outros com base nas cidades, um tema recorrente de Nadir».
«Esta exposição é encarada com grande expectativa na medida em que são obras recentes do pintor, que não expunha há algum tempo», assinalou Inês Marcelo Curto.
Arquitecto de formação, foi bolseiro do Governo francês e estudou na École des Beaux-Arts, em Paris, por intercessão do pintor brasileiro Cândido Portinari.
O pintor, natural de Chaves, colaborou com os arquitectos Le Corbusier e Óscar Niemeyer.
Na década de 1950 desenvolveu estudos sobre a pintura - «Espacillimité» e expôs no vanguardista «Salon des Réalités Nouvelles» em Paris.
Em 1965 abandonou em definitivo a arquitectura para se dedicar à pintura.
Em termos artísticos, a pintura de Nadir evoluiu da representação figurativa, na década de 1940, para a predominância da geometria na década seguinte e ainda hoje característica da sua obra.
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