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«Taiwan Memory» também interessada na Qimonda

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Grupo deverá tornar-se a segunda maior empresa do sector, a seguir ao líder de mercado, a Samsung

O fabricante de semicondutores «Taiwan Memory», ainda em formação, manifestou interesse na aquisição da Qimonda, noticiou o jornal «Dresden Neueste Nachrichten» (DNN), citando um porta-voz do gestor da falência, Michael Jaffé.

A «Taiwan Memory» é um consórcio que, por enquanto, só existe no papel, mas deverá tornar-se a segunda maior empresa do sector, a seguir ao líder de mercado, a Samsung.

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Para isso, está a ser promovida a fusão de seis fabricantes de semicondutores sul-coreanos em situação deficitária, sob a égide do governo de Seul.

O governo da Coreia do Sul já prometeu apoios estatal ao futuro consórcio, que segundo fontes não oficiais citadas pelo DNN poderia incluir também a japonesa Elpida e a norte-americana Mícron.

O porta-voz de Jaffé confirmou ainda ao DNN que o gestor de falência tem estado a negociar a participação na Qimonda do «holding» estatal chinês Inspur, como foi revelado na semana passada.

No entanto, as conversações com a Inspur «estão em fase inicial» e Jaffé e os potenciais investidores «ainda só trocaram informações sobre a situação e as perspectivas da Qimonda», adiantou o porta-voz do gestor de falência.

O mesmo responsável sublinhou também que Jaffé só voltará a deslocar-se à Ásia, onde já esteve em Fevereiro, quando estiverem já a ser preparadas negociações para adquirir a Qimonda.

As verbas do Estado para pagar salários aos trabalhadores da Qimonda na Alemanha cessam a 31 de Março, e Jaffé anunciou anteriormente que a produção na fábrica-mãe, em Dresden, cessará a 1 de Abril.

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O gestor de falência revelou também que vai contrair um empréstimo de 15 mil euros para financiar durante cerca de três meses a manutenção de 90 por cento dos 2.780 trabalhadores da Qimonda Dresden numa nova sociedade, até surgir novo investidor.

Para isso, no entanto, é necessário que cerca de 2.200 trabalhadores dêem o seu acordo por escrito à proposta até ao final da manhã de sexta-feira.

Caso contrário, esta fica sem efeito, e terão de ir para o fundo de desemprego, advertiu Jaffé, cuja proposta é apoiada pela Comissão de Trabalhadores, e considerada «a única solução» para evitar já despedimentos.

Os restantes 500 trabalhadores da Qimonda Dresden continuarão a ser necessários, 300 para aperfeiçoar a nova linha de produção, a Buried Worldline, e 200 para fazer regredir gradualmente a produção de «chips» de memória, para que esta possa ser imediatamente reatada, se necessário.

Além de um investidor, privado, a Qimonda vai precisar também de capitais públicos, de forma directa ou indirecta, e a título provisório.

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Portugal já aceitou ter uma quota de 14 por cento na Qimonda, e a Saxónia, estado alemão onde está a fábrica de Dresden, faz depender a sua participação, que poderia ir até 25 por cento mais uma acção, segundo o ministro da economia, Thomas Jurk, de haver um investidor privado e um plano de negócios.

Os credores da Qimonda, por sua vez, também já se mostraram dispostos a adquirir 15 por cento do capital da empresa que deverá suceder á Qimonda, segundo o gestor de falência.

O objectivo deste plano delineado por Jaffé é manter em mãos europeias a maioria do capital e a produção da Qimonda, derradeiro fabricante de «chips» de memória no Velho Continente.

A paragem em Dresden obrigará a fábrica da Quimonda em Vila do Conde, que recebe toda a matéria-prima da Alemanha, a suspender a produção de 28 de Março a 13 de Abril, como já foi anunciado pela administração portuguesa.

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