O presidente do conselho da administração da Portugal Telecom, Henrique Granadeiro, diz que se sente «encornado», depois de descobrir que a empresa faria parte de um alegado plano do Governo para controlar os media.
Escutas: quem são os administradores da PT
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Em declarações à revista «Visão», Granadeiro garante que «não sabia e nem desconfiava» do alegado plano e do envolvimento da empresa nele, apesar de admitir que tal possa ter acontecido à sua revelia.
Já em declarações ao «Jornal de Negócios», Henrique Granadeiro admite que o caso das escutas tem impacto na reputação da PT e garante que não foi informado nem por Rui Pedro Soares nem por Soares Carneiro [ambos membros da comissão executiva da PT, que representa o Estado na Portugal Telecom] de que iriam interpor providências cautelares contra a divulgação das escutas do caso «Face Oculta» no jornal «Sol».
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Questionado ainda pelo «Negócios» sobre se mantém a confiança nos dois administradores, o presidente do conselho de administração diz que «esse é um problema» a resolver «internamente».
Já na noite de sexta-feira, confrontado de novo sobre o caso, Granadeiro escusou-se a responder, apesar de ter declarado que está disposto a estar presente na comissão parlamentar sobre a liberdade de expressão. «Não fui convocado, mas estou disponível, como é de lei».
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