De 2002 a 2004, estas empresas foram, enquanto fornecedoras, lesadas em 6,206 milhões de euros, naquele que é uma das maiores fraudes descobertas em Portugal, adianta o «Jornal de Notícias».
O caso, investigado pelo Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP) e Polícia Judiciária, vai agora a julgamento nas Varas Criminais de Lisboa, num megaprocesso já com mais de 20 mil folhas.
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Só a acusação tem quase 500 páginas. Em causa estão crimes de burla, associação criminosa, falsificação de documentos e receptação.
O esquema era laborioso. Foi montando inicialmente por dois arguidos, com a ajuda de um advogado, que pretendiam refazer as suas vidas comerciais.
Consistia em arranjar empresas sem problemas aparentes no mercado e adquirir mercadorias a crédito a vários fornecedores, um hábito já cimentado no circuito comercial.
O pagamento das facturas só seria efectuado dentro de 60, 90 ou 120 dias, consoante os casos, mas os produtos eram recebidos no imediato e vendidos logo de seguida, a pronto pagamento, com descontos entre 30 a 50% relativamente aos valores de mercado.
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