Para o fiscalista Medina Carreira, Portugal «não tem actualmente condições para reduzir a carga fiscal», garantiu à «Agência Financeira» à margem de uma aula de pós-graduação de gestão para juristas.
De acordo com o responsável, «reduzir, neste momento, os impostos só iria contribuir para estimular o consumo». Esta, segundo Medina Carreira, trata-se apenas de uma solução temporária e que nunca duraria mais de 2 a 3 anos.
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No entanto, Medina Carreira admite que a diminuição do IRC poderia ser «estimulante para a actividade exportadora» mas para isso, segundo o mesmo, «deveria haver uma maior aposta e investimento nos produtos a exportar».
«Só podemos crescer com o investimento e com as exportações», refere.
Recorde-se que, no passado dia 28 de Novembro, o Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, também achou prematuro falar-se em descida de impostos até 2010.
Para o responsável, «o essencial é cumprir a evolução do défice e que tudo está dependente desse objectivo», acrescentando ainda que «há compromissos que Portugal assinou no quadro da UE que deve cumprir porque é do nosso interesse nacional».
Por seu lado, o Governo tem deixado em aberto a possibilidade de descer a carga fiscal em 2009, ano em que, como a oposição tem sublinhado, ocorrem eleições legislativas.
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