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África do Sul: Mundial é um «golo» para a economia

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Competição trouxe melhorias a nível de infra-estruturas, iniciativas amigas do ambiente e mais oportunidades de emprego à maior economia do continente africano

O Mundial está a dar muito mais do que futebol à África do Sul. A maior competição daquela modalidade trouxe uma lufada de ar fresco ao país de Nelson Mandela. Na hora dos jogos, a comunidade internacional fica rendida ao espectáculo, mas está também atenta à emergência da África do Sul como uma potência económica do século XXI, segundo um estudo da Deloitte divulgado esta quinta-feira. As melhorias estão à vista.

Pontapés na bola há dentro do campo e fora dele. Soou o apito do árbitro para dinamizar as infra-estruturas, o emprego e as iniciativas amigas do ambiente. Também o orgulho nacional está a sair reforçado com a competição.

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O Mundial de todos os recordes

Mundial: bons palpites podem render milhões

O país «tem sido comparado a uma mistura dos países desenvolvidos e em desenvolvimento», afirmou Lwazi Bam, um responsável da Deloitte na África do Sul. Mas lembra que com «uma forte base tecnológica e económica [pode ser colocado] em pé de igualdade com os países mais desenvolvidos do mundo». A falta de infra-estruturas contribuía, até agora, para travar o «seu potencial económico».

Economia da África do Sul está de cara lavada

O Mundial veio mudar tudo. O país está a marcar pontos (para além dos golos) num momento em que a palavra «crise» ainda paira no ar. O Mundial significa, por isso, um ponto de viragem num país à espera de uma oportunidade. «É um catalisador muito necessário para a melhoria das infra-estruturas».

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A África do Mundial vista daqui

Com a competição, o país teve a necessidade de deslocar dezenas de milhares de equipas de um lugar para o outro e rapidamente. Ou seja, teve de dar prioridade ao fortalecimento do sistema de transportes.

Os resultados estão à vista: «Completou muito da primeira parte da sua rede ferroviária de alta velocidade Gautrain», atraiu novos de passageiros e «acrescentou linhas de autocarro». As estradas também foram recuperadas e a cidade de Durban «foi capaz de terminar o primeiro aeroporto verde do país, em cinco décadas». Projectos que têm aumentado as oportunidades de emprego e de qualificação dos trabalhadores, mesmo a longo prazo e apostando na formação.

Um dos maiores desafios foi a construção de infra-estruturas mais amigas do ambiente, com uma produção energética sem um impacto ambiental significativo. Os novos estádios respiram ecologia: ventilação natural e sistemas de captação da água da chuva. As cidades anfitriãs têm desenvolvido projectos de plantação de árvores «para absorver dióxido de carbono em excesso».

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Desafio por superar: segurança

A outra face da moeda é que os problemas de segurança teimam em continuar. Mas há um «nível sem precedentes de cooperação internacional» nesta competição, diz o mesmo estudo. Foram destacados 40 mil polícias para acompanhar o Mundial. Ou seja, 25% da força total do país. Todas estas actividades «têm exigido um renovado espírito de cooperação entre os organismos nacionais, e locais».

A África do Sul está, mesmo assim, a fazer boa figura perante a comunidade internacional. «Já realizou muitos dos objectivos esperados» para um «grande evento desportivo internacional», acrescentou outro responsável da Deloitte, Greg Pellegrino.

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