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As dez maiores falências da história dos EUA

Escândalos contabilísticos, batalhas jurídicas, crises e subprime causam a queda dos gigantes

A General Motors declarou falência esta segunda-feira. Algo impensável há uns anos atrás, mas que não é caso único. Conheça as dez mega-falências de empresas históricas nos EUA, reunidas pela «Fortune».

Recorde-se, no entanto, que este pedido de falência e de protecção contra credores, chamado Chapter 11, é usado como forma de permitir às empresas reestruturarem-se, para regressarem mais fortes. Ou seja, estas empresas não desapareceram.

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A maior falência de sempre é até bastante recente: a da Lehman Brothers Holdings, pedida a 15 de Setembro do ano passado. O banco tinha activos de 691 mil milhões de dólares e a sua falência marcou o início da actual recessão económica, que é a maior desde a II Guerra Mundial.

Tratava-se do quarto maior banco de investimentos dos EUA e não resistiu ao escândalo do subprime, que fez grandes rombos em quase todos os bancos norte-americanos.

A segunda maior falência da história dos EUA foi o Washington Mutual, que pediu falência no dia 26 de Setembro de 2008, e que tinha activos de 328 mil milhões de dólares. Depois do escândalo do Lehman Brother e perante os rumores de outras falências, os consumidores retiraram montantes astronómicos de dinheiro dos bancos. Este foi um deles: mais de 16 mil milhões de dólares foram levantados do Washington Mutual em apenas 10 dias.

Outra falência de peso foi a da WorldCom, a terceira maior de sempre. Ocorreu em Julho de 2002, depois de ter sido descoberto um dos maiores escândalos contabilísticos da história. A falência da segunda maior operadora de telecomunicações dos EUA, que detinha activos de 104 mil milhões só se deu depois de ter sido descoberto um buraco financeiro de 11 mil milhões de dólares.

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A da General Motors, pedida esta segunda-feira, é na verdade a quarta maior falência dos EUA, já que o grupo detém activos no valor de «apenas» 91 mil milhões. A GM foi, durante muitos anos, a maior empresa da maior economia do Mundo, mas não resistiu à crise.

Outra falência de monta na história dos EUA é também sobejamente conhecida: a Enron pediu a falência em Dezembro de 2001 e tinha activos de 65,5 mil milhões. A empresa de gás electricidade, a maior do ramo energético nos EUA também sucumbiu a um escândalo contabilístico.

No ranking segue-se a Conseco, falida em 2002 e com activos de 61 mil milhões. A financeira, que trabalhava na área dos seguros, acumulava uma dívida de mais de oito mil milhões de dólares, devido a erros de gestão.

A Chrysler, que também apresentou recentemente o seu pedido de falência, é a sétima maior falência, com activos de 39 mil milhões. A empresa foi forçada pelo presidente dos EUA, Barack Obama a pedir falência. Na altura era a maior empresa industrial do ranking.

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Segue-se a Thornburg Mortgage, cujo pedido de falência tem apenas um mês. Com activos de 36,5 mil milhões de dólares esta empresa de investimento imobiliário que operava também na área do crédito imobiliário sofreu o impacto da crise do rebentamento do subprime imobiliário em 2007.

No top 10 das falências está ainda a Pacific Gas and Electric Co. Faliu em 2001 e tinha 36 mil milhões de dólares de activos. A empresa energética foi apenas uma entre várias que sucumbiram à crise de regulação na Califórnia em 2000/01.

Por fim, a Texaco, com activos de 35 mil milhões, faliu em 1987. A Texaco fez uma oferta superior à da Pennzoil num negócio de fusão com a Getty Oil em 1984, destruindo um negócio que estava já acordado. A Pennzoil acabou por processor a Texaco, que foi condenada a pagar 10 mil milhões de dólares de indemnização. A Texaco não tinha dinheiro suficiente para pagar e acabou por ter de pedir protecção.

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