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Museu recebe exposição de Bordalo Pinheiro

Mostra retrata os primeiros anos de vida artística do pintor português

O Museu do Chiado, em Lisboa, revela a partir de sexta-feira os primeiros anos de vida artística de Columbano Bordalo Pinheiro, um dos mais radicais pintores modernos portugueses, como o descreveu esta quinta-feira o comissário da exposição, Pedro Lapa, noticia a agência Lusa.

Em conferência de imprensa, Lapa, director do museu além de comissário da exposição, denominada «Columbano Bordalo Pinheiro 1874- 1900», definiu o pintor português como um autodidacta que «radicalizou uma pesquisa sobre a modernidade».

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A exposição, que estará patente até Maio, assinala os 150 anos do nascimento do pintor, apresentando 90 obras, entre pintura e desenho, onde predominam o retrato e a composição de cenas quotidianas da burguesia portuguesa.

Organizada de forma cronológica, a mostra atravessa os primeiros 26 anos de vida artística de Columbano Bordalo Pinheiro, até ao virar do século.

Um retrato ficcionado de José das Dornas, personagem de um romance de Júlio Dinis, pintado em 1874, quando Columbano tinha apenas 17 anos, é a primeira obra da exposição.

Até 1900, a mostra atravessa as várias fases artísticas de Columbano, reflectindo, por exemplo, a sua passagem por Paris na década de 1880, a rejeição por parte da crítica e a consagração como retratista.

Retratista desejado por todos, pelo domínio da tradição clássica na pintura, como sublinhou o comissário, Columbano Bordalo Pinheiro não pintava por encomenda, pois escolhia apenas pessoas com quem mantinha relações, como Guerra Junqueiro, Ramalho Ortigão, Eça de Queirós ou Antero de Quental e os críticos José Pessanha e Mariano Pina.

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A irmã Maria Augusta foi também um dos modelos de Columbano em obras como «Luva cinzenta», de 1881, na qual Pedro Lapa sublinha a «noção do instantâneo», que Columbano foi buscar à fotografia, ou no primeiro retrato que o pintor fez em Paris.

Destaque ainda para o famoso «Concerto de amadores» (1882), pintura em grande escala de uma cena intimista, centrada em cinco pessoas envoltas num negrume característico de grande parte das obras de Columbano desta época.

Na mesma sala onde está «Concerto de Amadores», figura o também emblemático exemplar do naturalismo português "Grupo do Leão", de 1885, um retrato colectivo de um grupo de notáveis da cena lisboeta, que incluía ainda Rafael Bordalo Pinheiro e Silva Porto.

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