O português Sérgio Luís Guerreiro, condenado por um tribunal da Letónia a seis anos de prisão por pedofilia, também terá de pagar uma indemnização de 15 mil euros à mãe de duas das crianças abusadas sexualmente, noticia a Lusa.
De acordo com o jornal letão Neatkariga, «o próprio estrangeiro reconheceu parcialmente a sua culpa, mas explicou que não teve relações sexuais com as crianças contra a vontade delas», escreve o diário, acrescentando que o português «exigiu que se verificassem os testemunhos das suas vítimas no detector de mentiras».
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O juiz do Tribunal da capital letã afirmou ter ficado provado que o português, de 30 anos, «reteve no seu apartamento de Riga e abusou sexualmente de uma menina de sete anos, bem como de dois rapazes de 12 e 14 anos».
A mãe das vítimas, segundo o diário, contou ao tribunal que o português estabeleceu contacto com as crianças num centro comercial, propôs-lhes irem para sua casa, mas, já a caminho de casa, debaixo de uma ponte ferroviária, «fez com um rapaz actos depravados, tendo-lhe pago depois três lates» (pouco mais de dois euros).
Segundo a mãe, o português «conseguiu saber através do rapaz molestado onde é que este estudava, tal como um amigo e a irmã».
Depois, passou a ir frequentemente esperá-los à escola e «arrastava-os literalmente para o seu apartamento».
Sérgio Luís Contreiras Viegas Guerreiro é também procurado pelas autoridades policiais da Áustria, tendo sido acusado de «furtos».
Sérgio Luís, que foi julgado à porta fechada por «estarem menores envolvidos no processo», deverá cumprir a pena numa das prisões da Letónia, o que, segundo uma fonte ligada ao processo, constitui «uma agravante», visto que este tipo de crime é «muito mal visto» entre os presidiários.
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Entretanto, o secretário de Estado das Comunidades, António Braga, disse esta terça-feira que o português condenado por um tribunal da Letónia a seis anos de prisão por pedofilia terá recusado cumprir a pena numa prisão em Portugal.
Em declarações à Lusa, o secretário de Estado das Comunidades referiu que a sentença foi proferida no dia 14 de Abril, adiantando que «não há lugar a recurso».
António Braga salientou que dispõe informações de que o cidadão português terá recusado a hipótese de poder cumprir a pena numa prisão em Portugal.
«Dentro dos limites da protecção consular, com fez até agora, a Embaixada de Portugal em Riga continuará a acompanhar o assunto», disse ainda o secretário de Estado.
Sérgio Luís visitava frequentemente a Letónia na qualidade de turista e procurava crianças nos cafés ou estações ferroviárias e rodoviárias.
Como falava russo, não tinha dificuldade em entrar em contacto com menores, principalmente rapazes, que levava para um apartamento ou para um lugar deserto, onde, recorrendo à força, os violava.
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