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Desemprego: INE e IEFP divergem no método mas dados coincidem

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Os dados sobre o desemprego do Instituto Nacional de Estatística (INE) e do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) baseiam-se em métodos estatísticos completamente diferentes, mas seguem uma evolução semelhante.

O INE baseia-se num inquérito por amostragem (cerca de 22.500 unidades de alojamento, ou seja, cerca de 50.000 indivíduos), conta com uma observação contínua ao longo de um trimestre, os resultados são divulgados sob a forma de estimativas centrais, às quais está associado um erro de amostragem, e estão harmonizados com a Europa.

Pelo contrário, cita a «Lusa», os dados do IEFP são mensais, resultam do aproveitamento de um acto administrativo, tendo em conta que a inscrição nos Centros de Emprego é obrigatória para acesso a um subsídio de desemprego, não existindo garantia de comparabilidade internacional.

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Contrariando as expectativas, a taxa de desemprego estimada para o quarto trimestre de 2006 foi de 8,2%, mais 0,2%, face ao período homólogo, e mais 0,8%, em relação ao trimestre anterior.

De acordo com o Inquérito ao Emprego do INE, divulgado quinta- feira, a população desempregada foi estimada em 458,6 mil indivíduos.

Este aumento contraria a tendência verificada nos últimos meses do ano, segundo os dados do IEFP, em que o desemprego tem vindo a diminuir, principalmente em termos homólogos.

No entanto o número de indivíduos sem emprego aproxima-se do número do INE, ou seja, 452.651 no final do mês de Dezembro.

Isto significa que a diferença entre o número de desempregados do INE, no quarto trimestre, e do IEFP, no final de Dezembro, ronda os 6.000 indivíduos.

No final de Dezembro, o desemprego registado do IEFP diminuiu 5,6%, face ao mesmo mês de 2005, e 1,1%, quando comparado com o mês de Novembro.

No entanto, Novembro não registou um comportamento semelhante, pois o número de desempregados diminuiu 5,9%, em termos homólogos, mas aumentou 1%, em relação ao mês de Outubro.

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Também no final de Outubro, estavam inscritos nos Centros de Emprego 453.028 indivíduos sem emprego, menos 6,5%, que no mesmo mês de 2005, e mais 1%, que no mês de Setembro.

Confrontado com os dados do INE, o ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, José Vieira da Silva, considerou que o aumento do desemprego no quarto trimestre «é um momento e não uma tendência».

«Há sinais sérios do crescimento da economia, mas não se traduzem no imediato» na diminuição do desemprego, sublinhou Vieira da Silva, que falou aos jornalistas à margem da apresentação da execução orçamental 2006.

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