Numa entrevista à «SIC Notícias», citada pela «Lusa», Joe Berardo disse que «para bem da instituição e dos investidores seria bom chegar a um consenso antes da Assembleia Geral», pois «se esta for para frente (sem consenso) vai ser um grande problema tanto para os investidores como para o banco».
O conflito que o banco atravessa «vai ser resolvido de uma maneira ou de outra. O que quero é um Conselho de Administração que seja unido e que haja respeito» pelos accionistas, afirmou o empresário, que afirma ter cerca de mil milhões de euros investidos no BCP.
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«Temos de mudar aquela instituição», sublinhou o responsável.
Na mesma ocasião, Joe Berardo revelou ainda que pediu esclarecimentos ao BCP sobre «quanto é que custa a administração do banco», dado que é um direito que lhe assiste enquanto accionista com mais de 1% da instituição, tendo acrescentado que até à data ainda não obteve qualquer informação.
De acordo com a informação recolhida pelo empresário, nos últimos cinco anos a administração custou ao maior banco privado português 212 milhões de euros, o que dá uma média de 42,4 milhões de euros anuais.
A título de comparação, Joe Berardo citou os custos anuais da administração do banco espanhol Sabadell, accionista do BCP, que rondam os 7 milhões de euros.
Joe Berardo é um dos subscritores das propostas que são a favor do actual presidente do Conselho Executivo, Paulo Teixeira Pinto.
O BCP anunciou ontem uma redução do lucro líquido em 22% para os 307,9 milhões de euros no primeiro semestre, tendo ficado 57 milhões de euros abaixo das previsões dos analistas, graças aos custos com a Oferta Pública de Aquisição (OPA) lançada sobre o BPI, estimados em 65,5 milhões de euros.
As acções do BCP seguem a perder 2,99% para os 3,57 euros.
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