A Galp está a boicotar as metas do Governo para a introdução dos biocombustíveis em Portugal, denunciou a Iberol. Em declarações à «TSF», o presidente do maior produtor nacional de biodiesel afirmou que os projectos de fábricas de biocombustíveis anunciados pela Galp apenas servem para desviar as atenções.
Perante esta denúncia, a «TSF» pediu esclarecimentos tanto à Galp como ao Ministério da Economia, que tutela a Direcção-Geral da Energia, mas os contactos desenvolvidos desde segunda-feira nunca mereceram resposta positiva.
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Apesar do Governo ter estabelecido que em 2010 o gasóleo e a gasolina deveriam conter uma mistura de dez por cento de biocombustíveis, anunciando na altura incentivos para os produtores nacionais, o ministro da Agricultura admitiu agora que será necessário recorrer à importação para atingir essa meta.
«O que dissemos foi que havia uma redução de impostos até um determinado quantitativo se por acaso viessem a utilizar matéria-prima nacional» na produção de biocombustível, com vista a não «deixar de fora os produtores agrícolas nacionais», disse, citado pela «TSF».
No entanto, continuou Jaime Silva, devido à evolução da situação do mercado, «essa meta só poderá ser concretizada através da importação, uma vez que a produção de cereais e de oleaginosas está longe do suficiente para o consumo humano e animal».
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