«Penso que somos pioneiros ao propormos uma política de turismo regional», afirmou Carlos Lage, presidente da CCDRN, à agência «Lusa», defendendo a necessidade de ser criada a Região de Turismo do Norte.
Na perspectiva de Lage, «a actual confusão gerada por sobreposição de acções e existência de espaços vazios só terminará com a criação de uma Região de Turismo do Norte».
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Relativamente à política de turismo regional, Carlos Lage salientou que ela pretende «responder à ausência de uma política de turismo para o Norte do país», considerando «ser altura da CCDRN definir uma política regional de turismo digna desse nome».
«Temos um diagnóstico, uma estratégia e uma política de turismo para a região», frisou o presidente da CCDRN, defendendo que a elaboração desta política pretende «contribuir para regenerar a economia regional».
Para Carlos Lage, a política regional de turismo «já deveria existir há muito tempo», considerando ser «quase criminoso» não ter sido ainda devidamente aproveitado o potencial turístico da região Norte.
«O aumento da actividade turística no norte do país pode proporcionar a criação de riqueza e de emprego. O turismo está a crescer em Portugal, mas ainda é reduzido no Norte, pelo que pode dar um grande salto nos próximos anos», afirmou.
Os dados mais recentes indicam que a região Norte representa apenas 13,1% da capacidade hoteleira do país, situação agravada pela existência de um elevado número de alojamentos de categoria inferior.
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Apesar da má qualidade dos alojamentos e da falta de uma política regional integrada, as estatísticas indicam que o turismo na região Norte tem vindo a crescer acima da média nacional.
O crescimento médio anual em dormidas em 2006 foi de 11,1% na região Norte, contra apenas 5,8% na média nacional.
Por outro lado, as receitas turísticas cresceram 12,5% no ano passado, indicando uma dinâmica positiva que a CCDRN pretende aproveitar com a definição de uma política regional para o sector.
O rico património histórico-cultural, o rio Douro navegável e o facto de ser a região do país com mais oferta de turismo rural e de estâncias termais são factores importantes para o desenvolvimento do turismo nesta região, que tem, entre outros entraves, a reduzida oferta de alojamento e animação, a incapacidade para fixar os visitantes e a falta de recursos humanos qualificados.
Para inverter este quadro, a CCDRN vai disponibilizar 100 milhões de euros através do Programa Operacional Norte, entre 2008 e 2013, tendo Carlos Lage admitido que «uma parte significativa» será destinada ao desenvolvimento do turismo no Vale do Douro.
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A CCDRN pretende que o norte do país seja «uma das regiões de maior crescimento turístico» em Portugal, assumindo-se como um destino de excelência histórico-cultural, além de se tornar no primeiro destino enoturístico nacional.
O Norte do país deverá ainda tornar-se o primeiro destino de turismo de natureza e rural em Portugal.
Para atingir estes objectivos, foi definida uma estratégia centrada no lema «Uma região-quatro destinos», que divide o norte do país nos destinos Minho, Porto, Trás-os-Montes e Douro.
No início de 2008, segundo Carlos Lage, a CCDRN estará em condições de divulgar as condições de acesso aos 100 milhões de euros que se pretende que mudem a face do turismo no norte do país até 2013.
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