O líder da oposição de direita na Grécia, Antonis Samaras, pediu esta quinta-feira a formação de um governo de transição, antes da realização de eleições, para aprovar o novo plano de ajuda europeia decidido a 27 de Outubro em Bruxelas.
Antonis Samaras, líder da Nova Democracia (conservadores), exige a convocação de eleições antecipadas. «Chegámos aqui com a política do governo (socialista), o novo acordo para a continuação da ajuda à Grécia é inevitável e é preciso garanti-lo», declarou Samaras.
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«Apelo à formação de um governo temporário de transição que tem como missão exclusiva a organização de eleições (legislativas antecipadas) e a aprovação do acordo da EU», acrescentou.
O acordo sobre a nova ajuda à Grécia «não deve ficar pendente» e a sexta prestação do empréstimo de 110 mil milhões de euros concedido pela UE e pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) «deve ser entregue o mais rapidamente possível para que as eleições decorram em condições normais», afirmou.
Na quarta-feira à noite, a UE e o FMI anunciaram o bloqueio desta tranche da ajuda até à aprovação no parlamento grego do acordo decidido a 27 de Outubro.
Oposição alvo de críticas
Já o Partido dos Socialistas Europeus (PSE) defendeu esta manhã o respeito pelo direito da Grécia a realizar um referendo sobre o plano de ajuda europeu, convocado pelo primeiro-ministro socialista George Papandreous, acusando o líder da oposição de «irresponsabilidade».
Rasmussen aponta assim o dedo ao líder da oposição na Grécia, Antonis Samaras, que acusa de «explorar as dificuldades do seu país».
Numa nota divulgada em Bruxelas, Poul Nyrup Rasmussen, presidente do PSE, a segunda maior força política europeia, a seguir ao Partido Popular Europeu (PPE), sustenta que «o que é crucial agora é que toda a Europa se ponha ao lado do senhor Papandreou para assegurar que este referendo é um sucesso».
Os socialistas europeus consideram, por outro lado, que o referendo é legítimo, face à «frustração e raiva» que se vive na Grécia.
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