Os peritos do Fundo Monetário Internacional (FMI) estimam que seria necessário colocar em cima da mesa de 20.000 a 25.000 milhões de dólares (14.600 a 18.300 milhões de euros) para tranquilizar os mercados sobre a solidez do resgate grego.
Segundo o jornal «Le Monde», «Era mal visto que Paris destinasse 3.000 milhões de dólares (2.200 milhões de euros) do seu orçamento para ajudar Atenas», disse um dos peritos, considerando que o FMI «dispõe de fundos».
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O director do FMI Dominique Strauss-Kahn ofereceu-se por diversas vezes para participar no resgate das finanças gregas, uma posição rejeitada pelos principais dirigentes da Zona Euro, como o Comissário Europeu dos Assuntos Económicos ou o presidente do BCE.
Diz o jornal francês que, perante um cenário de síncope das economias grega, portuguesa ou espanhola, os europeus preferem organizar-se e preparar um plano de resgate. «São os países da zona que devem demonstrar a sua solidariedade, imagine o ridículo se tivermos que colocar-nos à disposição de uma instituição com sede em Washington», assegurou um dirigente europeu.
O FMI e a União Europeia já tiveram intervenções conjuntas em países como a Roménia, Hungria ou Letónia, mas nunca o fizeram em um país da Zona Euro. O governo grego não exclui a hipótese de recorrer ao FMI, que enviou uma missão técnica a Atenas há algumas semanas.
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