Perto de 70 empresas vão expandir-se no franchising em 2008

Em 2010, cerca de 70% das marcas nacionais seguirão este modelo

Só este ano é esperado que cerca de 60 a 70 novas empresas /marcas se desenvolvam no regime de franchising a nível nacional. A garantia foi dada à Agência Financeira pelo presidente do Conselho Estratégico do Instituto de Informação e Franchising, Eduardo Miranda, à margem dos resultados do 13º Censo «o Franchising em Portugal», relativos a 2007.

O mesmo responsável admitiu à AF que, para 2010, o objectivo é que o franchising, a nível nacional, represente 70% do total das marcas, ao contrário do que acontecia há 15 anos, altura em que as empresas estrangeiras tinham maior predominância no nosso país.

Certa é a entrada de 97 novas marcas a este nível, em Portugal, o ano passado, que na sua maioria (72%) são de origem nacional. Pela primeira vez regista-se também 501 novas redes de franchising a funcionar no nosso país.

Até funerárias apostam no franchising

Eduardo Miranda destacou ainda o crescimento deste mercado em cerca de 6% a 8%, num total de 11.271 novas lojas. Além disso, o franchising representa já 3% do Produto Interno Bruto (PIB) e de 4.769 milhões de euros de volume de facturação.

Só em 2007 foram abertas 1.120 unidades, «o que é um sinal positivo para o sector, já que o franchising é marcado por uma estratégia de crescimento».

Mas há mais: apesar da crise, a variedade de sectores com oportunidades a este nível também tem aumentado e se o negócio das imobiliárias era o mais «ilustre», 2007 trouxe algumas mudanças ao nível de ofertas. Consultoria Financeira, estética e moda, restaurantes eróticos, construção civil e até funerárias apostaram no regime de franchising o ano passado.

A verdade é que com o passar dos anos muita coisa mudou e até o investimento médio para quem pretende investir num negócio próprio baixou. Em 1996 era de 75 mil euros, mas em 2007, criar negócio neste regime variou entre os 25 mil e os 50 mil euros.

Recorde-se que o franchising contribuiu com a criação líquida de quase 4 mil postos de trabalho em 2007, sendo que o conjunto das redes emprega actualmente perto de 67 mil trabalhadores em Portugal.