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Crianças com insónias e sonos irregulares podem desenvolver problemas de saúde mental

Um estudo realizado no Reino Unido, que teve como base de análise 7.155 crianças, concluiu que aquelas que acordavam várias vezes durante a noite e não tinham rotinas de sono regulares, mesmo quando eram bebés, tinham tido experiências psicóticas aos 12/13 anos

Insónias ou dificuldades em adormecer em crianças podem estar relacionadas com o surgimento de problemas de saúde mental na adolescência.

Um estudo realizado no Reino Unido, que teve como base de análise 7.155 crianças, concluiu que aquelas que acordavam várias vezes durante a noite e não tinham rotinas de sono regulares, mesmo quando eram bebés, tinham tido experiências psicóticas aos 12/13 anos.

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A investigação defende ainda que as crianças que dormiam por um curto período de tempo, tinham uma maior probabilidade de sofrer distúrbios de personalidade aos 11/12 anos.

Nós sabemos através de pesquisas anteriores que pesadelos consecutivos em crianças foram associados a psicose e transtorno de personalidade", disse à CNN Isabel Morales-Munoz, autora do estudo e investigadora no Instituto de Saúde Mental da Universidade de Birmingham.

Estes sonos irregulares, referem os especialistas, podem estar associados a algum tipo de trauma durante a infância, como por exemplo um episódio de abuso sexual.

Trata-se da primeira vez que foi analisada uma possível ligação entre os problemas de sono durante a infância e as experiências psicóticas na adolescência, bem como os sintomas de transtorno de personalidade.

A adolescência, normalmente estabelecida entre os 10 e os 19 anos, é o período-chave para o desenvolvimento a nível de corpo, hormonas, cérebro, personalidade, entre outros. E, por isso mesmo, os investigadores acreditam seja nesta altura que começam a surgir muitos dos problemas a nível mental.

Para além destes, podem existir outras complicações associadas, como a ansiedade, depressão, distúrbios emocionais, défice de atenção e hiperatividade.

Os participantes deste estudo foram acompanhados durante mais de 13 anos. A análise dos dados foi feita entre 1 de maio e 31 de dezembro de 2019.

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