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«Talibã australiano» arrisca pena de sete anos

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David Hicks é acusado de ter apoiado a Al-Qaida

O primeiro prisioneiro de Guantanamo a declarar-se culpado, o australiano David Hicks, ameaçado com prisão perpétua, deverá ser condenado a um máximo de sete anos de detenção por ter apoiado a organização terrorista Al-Qaida, noticia a Lusa.

Um juiz do tribunal militar de excepção, o coronel Ralph Kholmann, anunciou esta sexta-feira que, devido a um acordo entre Hicks e a acusação, que inclui uma admissão de culpabilidade, o australiano arrisca apenas «um máximo de sete anos de prisão».

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Este acordo prevê igualmente a retirada das acusações de tortura contra as autoridades norte-americanas.

Interrogado pelo coronel Kohlmann, que lhe perguntou se estava de acordo em reconhecer que «nunca foi tratado ilegalmente por ninguém durante a sua detenção» no Afeganistão e depois em Guantanamo, o prisioneiro respondeu «sim».

Hicks afirmara em anteriores declarações que fora espancado por norte-americanos antes de ser transferido para Guantanamo, em 2002.

A acusação referira também antes que os cinco anos passados por Hicks em Guantanamo poderiam ser levados em conta para determinar o veredicto, esperado para os próximos dias.

Ao declarar-se culpado, Hicks, 31 anos, evitou um processo e beneficia de um procedimento acelerado no final do qual deverá ser encaminhado para a Austrália, para aí cumprir a parte final da sua pena.

Hicks apresentou-se esta sexta-feira perante o tribunal militar de excepção para explicar, em voz baixa, como foi treinado num campo da Al-Qaida no Afeganistão.

Convertido ao Islão, David Hicks foi feito prisioneiro em Dezembro de 2001 no Afeganistão, onde teria combatido ao lado de forças talibãs.

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