Já fez LIKE no TVI Notícias?

Alemanha marca eleições gerais para 26 de setembro de 2021

Angela Merkel anunciou, no final de 2018, após vários reveses eleitorais do seu Partido Democrata Cristão (CDU), que não se recandidataria a um quinto mandato, abandonando o cargo que ocupa desde 2005

O governo alemão propôs, nesta quarta-feira, a data de 26 de setembro de 2021 para as eleições gerais que determinarão a sucessão de Angela Merkel como chanceler, numa altura em que as sondagens dão a vitória ao seu partido.

Angela Merkel anunciou, no final de 2018, após vários reveses eleitorais do seu Partido Democrata Cristão (CDU), que não se recandidataria a um quinto mandato, abandonando o cargo que ocupa desde 2005.

PUB

O CDU, partido conservador, que aparece na liderança das sondagens, com mais de 36% de intenções de voto, está dividido entre o prolongamento de uma corrente de continuidade ao centro e uma viragem mais à direita – uma questão que deverá ser esclarecida num congresso marcado para janeiro e onde será escolhido um novo presidente.

Há três candidatos na corrida à liderança do CDU: dois moderados, Armin Laschet, presidente do partido na região mais populosa, a Renânia do Norte-Vestfália, e Norbert Röttgen, especialista em política externa; e um defensor de uma linha política mais à direita, Friedrich Merz, um adversário histórico de Angela Merkel.

As sondagens dizem que Laschet e Merz são os mais bem colocados para suceder a Merkel e o vencedor estará em boa posição para conseguir uma vitória nas eleições gerais hoje marcadas para setembro.

Ainda assim, nada será definitivo, porque a decisão sobre o candidato a chanceler apenas será tomada na primavera, não estando excluída a hipótese de o vencedor das eleições ser o líder bávaro Marcus Soder - que lidera o partido irmão do CDU, o CSU – e que se tornou uma das figuras mais populares na Alemanha, graças à forma como tem lidado com a pandemia de covid-19 na Baviera.

PUB

O Partido Social Democrata alemão, que integra a coligação com Merkel, continua estagnado nas sondagens (com intenções de voto apenas de 16%), apesar dos esforços de afirmação do seu líder - o atual ministro das Finanças, Olaf Scholz – defensor de uma linha moderada.

A surpresa nas eleições de setembro pode surgir dos ambientalistas, a que as sondagens atribuem quase 20% das intenções de votos e que, até agora, não fecharam as portas a uma coligação com os conservadores do CDU a nível nacional.

O partido de extrema-direita Alternativa pela Alemanha (AfD) está em declínio nas sondagens, que lhe apontam menos de 10% das intenções de voto, o que poderá facilitar as negociações para a formação de um governo com uma maioria estável.

PUB

Últimas