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NATO «no bom caminho», diz Merkel

Chanceler alemã optimista em relação ao documento a aprovar na cimeira de Lisboa

A chanceler alemã, Angela Merkel, afirmou esta sexta-feira que o novo conceito estratégico da NATO «está no bom caminho», após uma reunião, em Berlim, com o secretário-geral da Aliança Atlântica, Anders Fogh Rasmussen.

A chefe do governo alemã enalteceu ainda «a forma notável» como Rasmussen tem «unido as diversas nuances» existentes entre os Estados-membros em torno do conceito estratégico a aprovar dentro de um mês na cimeira da NATO, em Lisboa.

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«Tenho a certeza de que em Lisboa podemos aprovar um bom documento, um documento que aponta para o futuro», acrescentou a chanceler alemã.

Merkel congratulou-se ainda por, na sequência do regresso da França à componente militar da NATO, a Aliança ter voltado a ser um grémio «onde não se fala só de questões militares, mas onde também se podem ter debates políticos».

A chanceler referiu ainda que a missão da NATO no Afeganistão (ISAF) mostrou que a mera abordagem militar «não teve êxito», sublinhando a importância de esta ser agora complementada por um processo político.

Tanto Merkel como Rasmussen congratularam-se ainda com a decisão do presidente russo, Dimitri Medvedev, de participar no Conselho NATO-Rússia, que decorrerá também em Lisboa.

«Tornaremos claro que forma a cooperação entre a NATO e a Rússia pode avançar, com base no exemplo das ameaças comuns que enfrentamos», disse a chanceler alemã, considerando «um bom sinal a abertura da Rússia» para participar no debate sobre a instalação na Europa de um sistema antimíssil.

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Merkel manifestou mesmo a esperança de que a Aliança Atlântica e Moscovo possam chegar a acordo sobre esta questão antes da cimeira de Lisboa, nas consultas ainda a realizar por Rasmussen com a administração russa.

O secretário-geral da NATO garantiu que o novo conceito estratégico será «ambicioso, mas suficientemente realista», e definirá as capacidades que a Aliança Atlântica no futuro terá de possuir.

«A NATO continuará a ser um pilar da segurança no Atlântico Norte, e isso inclui o domínio da defesa antimísseis na Europa», esclareceu.

O conceito estratégico abordará a política nuclear, acrescentou o político dinamarquês. «Enquanto houver armas nucleares no mundo, precisamos da dissuasão nuclear, mas temos de trabalhar no sentido de haver um mundo sem armas nucleares», afirmou Rasmussen.

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