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O positivo e o negativo do discurso de Obama

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As reacções ao discurso de Barack Obama dirigido ao mundo árabe, e proferido no Cairo, chegam de todos os lados:

- Israel espera que o «importante» discurso proferido esta quarta-feira no Cairo pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, conduza a «uma nova era de reconciliação» entre o Estado judeu e «o mundo árabe e muçulmano».

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«Compartilhamos a esperança de Obama de que os esforços americanos levem ao fim do conflito e ao reconhecimento pelos árabes de Israel como Estado judeu», afirmou o escritório do primeiro-ministro israelita, num breve comunicado.

A nota não faz menção ao comentário de Obama de que os EUA não aceitam «a legitimidade» das colónias judaicas na Cisjordânia e que «é hora disto parar».

O comunicado foi divulgado depois do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ter realizado uma reunião extraordinária com seu gabinete para analisar o discurso de Obama. Pouco antes, a liderança dos colonos judeus tinha acusado Obama de ter dado «prioridade às mentiras árabes sobre a verdade judaica».

- O secretário-geral da Liga Árabe, Amre Moussa, qualificou o discurso de Obama ao mundo muçulmano como «equilibrado e positivo». Moussa disse aos jornalistas na sede da Liga Árabe na capital egípcia que o discurso tem uma «nova visão da aproximação entre os países muçulmanos e o Ocidente, do diálogo de civilizações e dos direitos do povo palestiniano».

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Este responsável acrescentou também que «esta visão trata com equilíbrio os assuntos na região, principalmente o tema palestiniano, a criação de um Estado palestiniano e o fim dos colonatos israelitas». O discurso de Obama, sublinhou, dá uma oportunidade à manutenção de conversas e contactos entre os Estados Unidos e os árabes, com Israel e com outros Estados.

- A Autoridade Palestiniana saudou o discurso ao mundo muçulmano do presidente norte-americano pelo apoio dado aos palestinianos e pela definição das relações entre o Ocidente e o mundo árabe.

Em Ramallah, o assessor presidencial e principal negociador palestiniano Saeb Erekat saudou o discurso e o apoio de Obama aos palestinianos: «Cremos que o discurso de Obama serviu para definir seriamente as relações entre o Ocidente e o mundo árabe».

- O porta-voz do Hamas em Gaza, Fawzi Barhum, por seu lado, já fez saber que o discurso do presidente dos Estados Unidos «é diferente» do de seus antecessores na Casa Branca. «É um discurso cheio de cortesia e de diplomacia suave, diferente ao de anteriores presidentes dos Estados Unidos», reconheceu Barhum, em declaração à imprensa local.

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O porta-voz do Hamas lamentou, no entanto, que o discurso não incluísse «passos práticos para pôr fim à agressão de Israel e ao bloqueio imposto em Gaza há três anos», e acrescentou que o discurso de Obama esteve cheio de «desejos, esperanças e boas palavras», que, no entanto, «não são suficientes perante a agressão israelita», concluiu o porta-voz do Hamas.

- Marrocos espera que Israel entenda «de uma vez» a mensagem do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que disse que a saída para o conflito no Médio Oriente é a coexistência de dois Estados, um israelita e outro palestiniano.

- Do Irão chegam reacções mais negativas. O líder supremo da Revolução Islâmica iraniana, aiatolá Ali Khamenei, considerou que o discurso não é «suficiente». Numa cerimónia por ocasião do 20º aniversário da morte do fundador da República Islâmica, aiatolá Ruhollah Khomeini, reiterou que é necessário mais do que palavras, e que Washington deve dar «passos práticos».

«Os esforços da nova Administração americana para mudar a cara feia, detestável e rude dos Estados Unidos não pode ser conseguida apenas com slogans», afirmou.

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