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Tailândia: decretado estado de emergência

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Nas últimas 48 horas morreram 24 pessoas e 200 ficaram feridas, devido aos violentos confrontos

Artigo actualizado às 12h33

O Governo tailandês vai decretar estado de emergência em cinco províncias e apela à rendição dos opositores. Quanto à sugestão do líder dos camisas-vermelhos para uma negociação, moderada pela ONU, o executivo disse «não».

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As autoridades tailandesas estão também ponderar o recolher obrigatório em alguns bairros da capital, onde violentos confrontos entre manifestantes antigovernamentais e forças de segurança provocaram 24 mortos e 200 feridos nas últimas 48 horas, anunciou, este domingo, um porta-voz militar, escreve a Lusa.

Entretanto, o líder dos camisas-vermelhas tinha afirmado que estava disponível para negociar, mas só se as tropas retirassem das ruas e a ONU moderasse eventuais negociações com o Governo. Ideia já rejeitada.

O recolher obrigatório só será aplicado, caso seja aprovado, em alguns bairros e alguns eixos rodoviários de Banguecoque e «permitirá à polícia e aos soldados identificar claramente os terroristas», acrescentou.

Retirar mulheres e crianças

Entretanto, as autoridades tailandesas fizeram saber que vão enviar a Cruz Vermelha e outras organizações para a zona de protesto de Banguecoque, para retirar mulheres, crianças e idosos.

O anúncio foi feito na televisão nacional pelo porta-voz do exército, Sansern Kaewkamnerd.

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Violência continua

Dois manifestantes tailandeses antigovernamentais foram gravemente feridos por tiros do exército, este domingo, durante confrontos entre muitas centenas de manifestantes e militares no centro de Banguecoque, avança a France Press.

À semelhança dos últimos dias, vive-se um clima de tensão na Rama IV, uma larga avenida nas imediações do quarteirão controlado pelos «camisas vermelhas».

Relato de um português

As autoridades tailandesas selaram por completo a zona de cerca de quatro quilómetros do acampamento dos «camisas vermelhas» e segundo o português Miguel Castelo-Branco «já ninguém entra ou sai da zona sem ser revistado», escreve a Lusa.

«Tentei novamente seguir o perímetro do campo vermelho em toda a baixa de Banguecoque até à porta de minha casa e aquilo que vi é que o cerco das Forças Armadas está praticamente concluído», disse Miguel Castelo-Branco contactado telefonicamente a partir de Macau.

Miguel Castelo-Branco está em Banguecoque onde reside há cerca de três anos como investigador e está a elaborar a sua tese de doutoramento em relações internacionais, nomeadamente as relações entre Portugal e a Tailândia, que em 2011 comemoram 500 anos de amizade.

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