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Pele de pepino do mar inspira novo tecido

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Propriedades conferem-lhe potencial biomédico promissor, dizem investigadores

A pele rugosa do pepino do mar, um invertebrado de corpo mole e alongado, inspirou a criação de um novo material que tanto pode ser rígido como flexível, indica um estudo publicado esta sexta-feira na revista Science.

Estas propriedades conferem-lhe um potencial biomédico promissor, nomeadamente para implantes cerebrais, explicam investigadores da Universidade Case Western Reserve (Ohio, EUA).

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Segundo os cientistas, trata-se de um novo polímero dotado de qualidades mecânicas e químicas que lhe permitem adaptar-se a ambientes diferentes.

A semelhança do pepino do mar, esta matéria plástica pode tornar-se mole ou dura em poucos segundos por contacto com um líquido.

«Podemos fabricar estes novos polímeros programando as suas propriedades mecânicas, ou seja, neste caso, o seu grau de firmeza ou de flexibilidade quando são expostos a substâncias químicas específicas», explicou Christoph Weder, um dos principais autores do estudo.

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«Estes novos materiais foram concebidos para mudar de consistência e passar da dureza do plástico à maleabilidade da borracha quando são mergulhados na água», precisou Stuart Rowan, membro da equipa de investigação.

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Este novo material permite reagir à água com uma dilatação mínima, não como uma esponja, sublinham os cientistas.

No seu trabalho reproduziram as estruturas moleculares e os mecanismos químicos encontrados num organismo vivo, neste caso no pepino do mar, que pode encontrar-se em praias portuguesas.

«Estas criaturas podem endurecer rapidamente a pele, normalmente muito mole, em reacção por exemplo a uma ameaça», referiu Jef Capadona, outro dos autores da investigação.

Materiais deste tipo poderão ser um dia utilizados em implantes biomédicos, como em bolsas protectoras de microeléctrodos no cérebro que poderiam ser rígidas quando são implantadas mas tornar-se depois flexíveis, reduzindo a fricção com os tecidos cerebrais.

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