Os líderes dos 28 países membros da NATO, reunidos numa cimeira que assinala o 60º aniversário da organização, vão discutir este sábado em Estrasburgo (França) a situação no Afeganistão e a escolha do futuro secretário-geral da Aliança Atlântica, escreve a Lusa.
A cimeira de dois dias, realizada pela primeira vez conjuntamente por dois membros, na zona fronteiriça entre a Alemanha e a França, teve início sexta-feira, com um jantar de trabalho em Baden Baden, na qual os chefes de Estado e de Governo falaram do novo conceito estratégico da NATO, das relações com a Rússia e da nomeação do futuro secretário-geral.
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No final do primeiro dos dois dias de trabalhos, o porta-voz da NATO, James Appathurai, revelou que ainda não há consenso sobre o sucessor do holandês Jaap de Hoop Scheffer - que termina o seu mandato a 31 de Julho de próximo -, indicando que as discussões prosseguem hoje.
A nomeação do primeiro-ministro dinamarquês Anders Fogh Rasmussen, aparentemente o único nome em cima da mesa, tem a firme oposição da Turquia, na sequência da polémica relacionada com as caricaturas de Maomé, publicadas em 2005 num jornal dinamarquês.
O porta-voz assegurou que a questão da escolha do novo secretário-geral não desviará as atenções dos líderes europeus do principal debate da reunião deste sábado, a operação da NATO no Afeganistão, também uma das prioridades da nova administração norte-americana.
«Passerelle dos dois rios»
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A reunião de hoje terá início às 10:00 locais (09:00 de Lisboa) no Palácio de Congressos de Estrasburgo, onde os líderes, entre os quais o presidente norte-americano Barack Obama, chegarão depois de atravessarem a pé a chamada «passerelle dos dois rios», a ponte que liga a cidade alemã de Kehl à capital da Alsácia.
Os chefes de Estado e de Governo serão acolhidos nessa «travessia» pelos dois «anfitriões» da cimeira, a chanceler alemã Angela Merkel e o presidente francês Nicolas Sarkozy.
Numa cimeira que assinala a estreia de Croácia e Albânia como membros da organização, Portugal está representado pelo primeiro-ministro José Sócrates e ainda pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, e pelo ministro da Defesa, Nuno Severiano Teixeira.
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