Nove polícias peruanos, que se encontravam reféns de indígenas da Amazónia, foram mortos durante uma operação de resgate. De acordo com as autoridades, 22 agentes foram libertados, mas outros setes estão ainda desaparecidos.
Os homens haviam sido feitos reféns na sexta-feira, durante os confrontos perto de Bagua, em que morreram 33 pessoas: 22 indígenas e 11 polícias.
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Os índios contestam planos para instalar plataformas de extracção de petróleo e gás nas suas terras.
O chefe da polícia Miguel Hidalgo revelou que os 38 agentes sequestrados se encontravam em instalações petrolíferas, a cerca de 1400 quilómetros de Lima, a capital do país andino.
«Dos 38, 22 foram resgatados pelo exército, nove morreram às mãos dos nativos e sete estão desaparecidos», disse o responsável policial à rádio peruana RPP.
O primeiro-ministro do país, Yehude Simon, havia dito anteriormente que os agentes tinham sido raptados por cerca de 1000 manifestantes, mas que o exército os havia cercado. Simon descreveu os protestos como um «golpe contra a democracia».
A actual onda de violência começou depois da polícia ter tentado desbloquear uma estrada que havia sido cortada pelos manifestantes indígenas.
O líder do movimento, Alberto Pizango, apontou que os protestos foram pacíficos até a polícia ter disparado gás lacrimogéneo e tiro real desde helicópteros contra os manifestantes.
«No século XXI, eles continuam a matar-nos a nós, povo indígena, simplesmente por defendermos a nossa vida, a nossa soberania, as nossas terras e a nossa dignidade», disse Pizango, depois dos incidentes violentos de sexta-feira.
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