Centenas de mascarados atacaram, esta sexta-feira à noite, refugiados e qualquer pessoa que não parecesse ser sueca, na principal estação de comboios de Estocolmo. De acordo com o porta-voz de polícia de Estocolmo, os homens “reuniram-se com o propósito de atacar crianças refugiadas”.
“Vi pelo menos três pessoas serem agredidas. Não foram confrontos entre claques de futebol ou algo do género. Eles tinham como alvo migrantes. Eu assustei-me e fugi”, relata uma testemunha citada pelo jornal Aftonbladet.
Antes dos ataques, o grupo distribuiu panfletos onde se podia ler o slogan “Basta, agora!” e onde ameaçava dar “às crianças norte-africanas que vagueiam pelas ruas” a “punição que merecem”.
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O folheto refere-se também à morte de uma assistente social que terá sido esfaqueada num abrigo para crianças refugiadas que estão sozinhas. Quatro pessoas foram detidas, uma por agressão a um agente da autoridade e os outros três por estarem mascarados em locais públicos, o que é ilegal na Suécia.
Depois do ataque, um grupo neo-nazi sueco emitiu um comunicado onde afirmava que tinha “limpo os imigrantes criminosos do Norte de África que buscavam abrigo junto da estação”.
morte da funcionária fugir“Estes imigrantes criminosos roubaram e molestaram suecos durante muito tempo”, acrescenta ainda o comunicado.
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A Suécia recebeu, só em 2015, 160 mil candidatos a refugiados.
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