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Turquia acusa EUA de imobilismo

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Soldados turcos ainda estão desaparecidos, após ataque curdo

Oito soldados turcos encontram-se ainda desaparecidos, depois do ataque que os militares sofreram este domingo, por parte de rebeldes curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), junto à fronteira iraquiana. A confirmação da morte de 12 militares foi já confirmada pelas autoridades de Ancara. O primeiro-ministro turco acusou os EUA de imobilismo em relação aos rebeldes curdos no Iraque.

De acordo com a BBC, a agência noticiosa Firat - próxima do PKK ¿ avançou com a informação de que oito soldados da Turquia estão nas mãos dos rebeldes e divulgou o nome de sete deles.

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Segundo o Estado-Maior turco, 12 soldados e 23 rebeldes morreram nos confrontos deste domingo. O PKK, que desde 1984 luta pela criação de um Estado maioritariamente curdo no Sudeste da Turquia, reivindicou o sequestro de «vários» soldados durante a operação, mas a informação é negada pelas autoridades de Ancara.

O presidente turco convocou hoje altos responsáveis políticos e militares para uma reunião de emergência com o objectivo de decidir qual será a retaliação contra os separatistas curdos.

Críticas aos EUA

Os desenvolvimentos dos últimos dias levaram o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, a acusar hoje os Estados Unidos de darem mostras de imobilismo em relação aos rebeldes curdos no Iraque, considerando que tal contribui para alimentar uma «vaga de anti-americanismo» na Turquia, noticia a agência Lusa.

«Dissemos numerosas vezes ao presidente [norte-americano George W.] Bush como esta questão é sensível para nós, mas não obtivemos o mínimo resultado positivo», lamentou Erdogan, que hoje e terça-feira visita a Grã-Bretanha, numa entrevista ao Times. «A América é nossa parceira estratégica. Mas no norte do Iraque, sentimos que a organização terrorista [os rebeldes curdos do PKK] e a administração [o governo do Curdistão iraquiano] se abrigam atrás da América», adiantou.

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O ataque dos rebeldes do PKK contra soldados turcos já foi condenado pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, que apelou a um cessar da violência.

Também o porta-voz do Departamento de Estado, Sean McCormack, mostrou-se indignado com o ataque e condenou o PKK pelo sucedido.

Por seu turno, a Comissão Europeia solidarizou-se hoje com a Turquia, mas alertou Ancara para não entrar em território iraquiano para perseguir os rebeldes curdos.

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