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«Não podemos descansar enquanto houver brasileiros com fome»

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Dilma Rousseff sublinha o facto de uma mulher ter chegado pela primeira vez à presidência do Brasil. «Sim, a mulher pode», proclamou

Última actualização à 1:56

O primeiro discurso de Dilma Rousseff, depois de ser eleita presidente do Brasil, foi marcado pelo assumir de alguns compromissos. O fundamental, disse a candidata do PT, é a «erradicação da miséria». Mas da lista de afazeres do novo governo brasileiro faz parte ainda a introdução de disciplina na despesa pública, estabilidade na economia e transparência na política.

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Brasil (perfil)

A vitória de Rousseff já se adivinhava, mesmo antes do encerramento das mesas de voto, com a divulgação das sondagens à boca das urnas a colocá-la a uma distância confortável de José Serra.

À hora de proclamar vitória, a primeira mulher a chegar à presidência do Brasil sublinhou a importância do momento histórico. «É uma demonstração do avanço democrático do nosso país, porque pela primeira vez uma mulher presidirá ao Brasil», disse.

E, numa evocação da frase cunhada por Barack Obama durante a campanha que o levou ao poder nos EUA - «Sim, nós podemos» -, Dilma Rousseff frisou que no seu país agora também já se poderá dizer com esperança: «Sim, a mulher pode» ( vídeo).

A esta «conquista», a chefe de Estado eleita colou o tema da democracia, por ter chegado ao poder pelo «caminho sagrado do voto», para se comprometer depois com o «direito de opinião e expressão», com a «liberdade religiosa», com a defesa dos «direitos humanos» e com um «compromisso fundamental: a erradicação da miséria e a criação de oportunidades».

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«Não podemos descansar enquanto houver brasileiros com fome, enquanto houver famílias morando nas ruas, enquanto crianças pobres estiverem abandonadas à sua própria sorte, enquanto reinar o crack e as cracolândias», disse Dilma Rousseff.

A nova chefe de Estado salientou ainda que será dada à economia uma relevância fundamental na sua governação, com a «melhoria dos gastos públicos», a «simplificação da tributação», a «qualificação dos serviços públicos» e a busca do «desenvolvimento de longo prazo a taxas elevadas».

«Não alienaremos nossas riquezas para deixarmos ao nosso povo só as migalhas», assegurou a sucessora de Lula da Silva, cujo mandato foi marcado por um forte crescimento económico, mas também com escândalos de corrupção. Dilma comprometeu-se, por isso, a lutar pela «transparência» na administração e garantiu aos opositores que, com ela, não haverá «descriminação, privilégios ou compadrio».

Sublinhando que estenderá «a mão» aos opositores e que será presidente de todos os brasileiros, foi quando falou sobre o presidente a quem sucederá que Dilma Rousseff mais se emocionou durante o discurso. «Sei que um líder como Lula nunca estará longe do seu povo, de cada um de nós. Baterei muito à sua porta. E tenho certeza e confiança que a encontrarei sempre aberta», disse ( vídeo).

No discurso em que assumiu a derrota, o candidato José Serra, felicitou a presidente eleita Dilma Rousseff. Contudo, disse que este não é um «adeus» mas um «até logo», na luta pela presidência.

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