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Obama deve anular «enorme prejuízo» de Bush

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Relatório da Human Rights Watch alerta para falhas nos direitos humanos em todo o mundo

O presidente eleito dos Estados Unidos deve colocar os direitos humanos no centro da política externa, interna e de segurança norte-americana para anular «o enorme prejuízo» dos anos do actual presidente Bush, segundo a Human Rights Watch.

No seu relatório relativo à situação em 2008 em mais de 90 países, citado pela Lusa, a organização considera que a administração de George W. Bush se afastou largamente da defesa dos direitos humanos após ter decidido combater o terrorismo «sem consideração por direitos tão básicos como não ser submetido a tortura, desaparecimento forçado ou detenção sem julgamento».

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«Como um primeiro passo fundamental, Barack Obama e a sua equipa devem repensar radicalmente o combate ao terrorismo», disse Kenneth Roth, o director executivo do grupo.

Organização condena Israel e Hamas

Roth referiu que a administração Bush abandonou arrogantemente os esforços diplomáticos efectivos para inverter os abusos: «É não só errado, mas ineficaz, cometer abusos em nome do combate ao terrorismo ou perdoar abusos de governos repressivos porque são vistos como aliados na luta contra o terror».

O relatório realça a crise de direitos humanos que existia na faixa de Gaza antes de centenas de civis terem sido mortos nos recentes combates entre Israel e o movimento islamita Hamas, que controla aquele território palestiniano.

Dado que a análise é feita até Novembro de 2008, deixa de fora os combates na sequência da ofensiva militar israelita iniciada a 27 de Dezembro, mas a Human Rights Watch condena quer Israel quer o grupo radical palestiniano por acções no ano passado.

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Os países mais criticados e os mais elogiados

A Human Rights Watch documenta ainda outros abusos dos direitos humanos, incluindo ataques a civis, em conflitos no Afeganistão, Colômbia, Congo, Geórgia, Somália, Sri Lanka e Sudão, e repressão política na Birmânia, China, Cuba, Irão, Coreia do Norte, Arábia Saudita, Uzbequistão e Zimbabué.

Vários países são apontados por falhas na resposta a crises em países vizinhos. Por exemplo, o relatório cita a África do Sul por não ter conseguido tratar da situação no Zimbabué, o Egipto por ter tentado limitar o escrutínio dos abusos na região sudanesa do Darfur e a Índia e a China por não tratarem da repressão na Birmânia.

As democracias não são poupadas a críticas no relatório, com a França e o Reino Unido a também serem acusados de violação dos direitos humanos na tentativa de combater o terrorismo.

Elogiados por falarem com franqueza de direitos humanos são o Botswana, Gana, Libéria, Nigéria, Serra Leoa e Zâmbia em África, e a Argentina, Chile, Costa Rica, México e Uruguai na América Latina.

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